Oficinas de Escrita Criativa – Encontrar sua Vez

Esta semana, o Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá está de portas abertas de segunda a domingo, inclusive no sábado (único dia em que a Casa não abre costumeiramente). O Motivo é a Oficina de Escrita Criativa, cujo fio condutor é o premiado título de Bell Hooks, “Erguer a voz” ( Editora Elefante, 2019).

No encontro, a escritora Sabina Anzuategui propõe uma discussão sobre o livro seguida de um exercício de escrita criativa e troca de impressões. 

A escritora Bell Hooks é uma das mais importantes intelectuais feministas da atualidade. Nasceu em 1952 em Hopkinsville, então uma pequena cidade segregada do Kentucky, no sul dos Estados Unidos. Batizada como Gloria Jean Watkins, adotou o pseudônimo pelo qual ficou conhecida em homenagem à bisavó, Bell Blair Hooks, “uma mulher de língua afiada, que falava o que vinha à cabeça, que não tinha medo de erguer a voz”. Como estudante, passou pelas universidades de Stanford, Wisconsin e Califórnia, e lecionou nas universidades de Yale, Sul da Califórnia e New School, em Nova York. Em 2014, fundou o Bell Hooks Institute. É autora de mais de trinta livros sobre questões de raça, gênero e classe, educação, crítica de mídia e cultura contemporânea. 

A participação é gratuita. 

Inscrições: casarocha259@gmail.com.

Oficinas de Escrita Criativa

7/10 – das 10h às 12h

Encontrar sua vez

Livro: Erguer a voz, Bell Hooks (Elefante, 2019)

Local: Casa de Dona Yayá

Rua Major Diogo, 353, Bela Vista – SP

Parceria CPC-USP/ Casa Rocha 259/ Livraria Simples

Patrimoniar #09. Fernanda Vargas: o Bexiga nordestino

Patrimoniar #09. Fernanda Vargas: o Bexiga nordestino

Embora o bairro do Bexiga seja tradicionalmente apontado como uma região multicultural e plural, a associação entre a região e sua memória italiana costuma se destacar em relação às suas demais representações. Embora trate-se de fato de um importante território da imigração italiana em São Paulo, o Bexiga está longe de se caracterizar apenas como um “bairro italiano”: foi nesta região, lembremos, que se desenvolveu um importante quilombo urbano em São Paulo, tornando-a também importante território negro da cidade.

Outros grupos, contudo, também ocupam o bairro, desenvolvem nele suas manifestações culturais e lhe dão vida — ainda que suas presenças sejam alvo de processos de apagamento ou marginalização por parte das demais representações do bairro. Nesta edição do Patrimoninar nós conversamos com Fernanda Vargas a respeito do Bexiga nordestino. Fernanda é cineasta e gestora cultural e é autora de dissertação de mestrado sobre a presença nordestina no Bexiga e co-diretora, junto de Daniel Fagundes, do documentário Oxente, Bixiga!, a respeito do mesmo tema.

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PROGRAMAÇÃO

OUTUBRO/2023


DOMINGO NA YAYÁ
01/10 domingo, 10h às 13h                                                                   
Exposição Yayá: cotidiano, feminismo, doença, riqueza
Conheça a Casa de Dona Yayá, lugar de memória e patrimônio cultural de São Paulo, e a história de vida de Sebastiana de Mello Freire, antiga moradora.

CURSO DE DIFUSÃO

A memória dos esquecidos: os Excluídos da História
2/10 a 06/11 (EXCETO 30/10) segundas-feiras, 17h às 19h
Nesse ciclo de encontros, Maíra Rosin tece estratégias de compreensão sobre as relações entre memória, História e esquecimento de alguns grupos e pessoas que foram silenciados, bem como o papel das relações de poder com a memória material e imaterial.
Inscrições encerradas

OFICINAS DE ESCRITA CRIATIVA: ENCONTRAR SUA VEZ
07/10 sábado, 10h às 12h
Livro: Erguer a voz, Bell Hooks (Elefante, 2019)
Mediadora: Sabina Anzuategui.
Inscrições: casarocha259@gmail.com
Parceria CPC-USP/Casa Rocha 259/Livraria Simples

DOMINGO NA YAYÁ
8/10 domingo, 11h às 12h
Concerto de câmara LAMUC-ECA
Com os instrumentistas do Laboratório de Música de Câmara da ECA-USP.
Coordenação: Alexandre Fontainha Ficarelli

DOMINGO NA YAYÁ
15/10 domingo, 11h às 12h                                                                                                  
Movimento e saúde mental: hatha yoga                                                                                                Aula aberta de práticas corporais, respiratórias e meditativas para o bem-estar físico e mental. Para iniciantes e praticantes de todas as idades. Instrutora: Bruna Gabriela Elias

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP
18/10 quarta-feira, 14h às 17h30 Itinerário
Campus São Carlos
Roteiro de visita pela USP São Carlos, compreendendo o patrimônio universitário para além do campus, alcançando a própria cidade. Inscrições antecipadas no site do CPC USP ou QRCode

DOMINGO NA YAYÁ
22/10 domingo, 11h às 12h                                                                     
Recital de canto e piano
Com Antonieta Bastos (solo) e Sérgio Carvalho (piano), da equipe artística do CoralUSP

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP
25/10 quarta-feira, 09h às 12h30 Itinerário
Centro de São Paulo
Roteiro de visita por locais representativos do centro da Cidade de São Paulo.
Inscrições antecipadas no site do CPC USP ou QRCode

DOMINGO NA YAYÁ
29/10 domingo, 10h às 13h
Oficina infantil: Brinquedos e brincadeiras
Crianças de todas as idades vão se divertir com brincadeiras de antigamente, como bolhas de sabão, cama de gato, bambolê, desenho e pintura com nossos educadores e monitores.

curso de difusão do CPC USP, “a memória dos esquecidos: os excluídos da história”

Inscrições abertas para o próximo curso de difusão do CPC USP, “A memória dos esquecidos: os Excluídos da História”, que ocorrerá de 2/10 a 6/11, às segundas-feiras, na Casa de Dona Yayá, sede do @cpcusp

As aulas têm como objetivo compreender as relações entre memória, História e esquecimento de alguns grupos de pessoas que foram silenciados, bem como assimilar o papel das relações de poder com a memória material e imaterial; pensar sobre os diversos tipos de apagamento da memória e as formas de resistência e preservação dos espaços e da vida de determinados indivíduos; relacionar os campos da arquitetura, do urbanismo e do patrimônio em suas mais diversas formas, em uma perspectiva conjunta desses distintos saberes e sua necessária articulação com outras disciplinas; refletir sobre a dimensão urbana do patrimônio, considerando a cidade como bem cultural; estimular o questionamento sobre o papel da sociedade na preservação da memória.

Público-alvo: historiadores, arquitetos e demais interessados no estudo da História das Cidades

ATIVIDADE PRESENCIAL

Inscrições gratuitas de 22 a 29/09/2023

Link para inscrições: https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterCurso…

“A memória dos esquecidos: os Excluídos da História”

Ministrante: Maíra Rosin

De 2/10 a 6/11/2023

Segundas-feiras, das 17h às 19h

Carga horária: 10 horas

30 vagas

Local: CPC-USP/Casa de Dona Yayá

Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista – SP

programação mensal

Atividades presenciais gratuitas

12/9 a 9/10, terças-feiras, 14h-17h

OFICINA DE BORDADO Esta oficina parte da reflexão sobre essa arte manual na vida das mulheres para criar um espaço de convivência entre os participantes.  Inscrições até 4/9: https://forms.gle/wbQEWo7eauVubwH4A

19 e 20/9, terça e quarta-feira  

SEMINÁRIO  Lugares de memória LGBTQIAP+ Local: Museu do Ipiranga e Museu da Diversidade Sexual. Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeJunsQ8MSEMNBYoZyF2ZjbR2Re03bn_ZK-n9GHGod8c_qoQw/viewform

3/9  domingo, 11h-12h 

DOMINGO NA YAYÁ  Movimento e saúde mental: hatha yoga Aula aberta de práticas corporais, respiratórias e meditativas para o bem-estar físico e mental. Para iniciantes e praticantes de todas as idades. Instrutora: Bruna Gabriela Elias.

10/9  domingo, 10h-13h

DOMINGO NA YAYÁ Exposição Yayá: cotidiano, feminismo, doença, riqueza
Conheça a Casa de Dona Yayá, lugar de memória e patrimônio cultural de São Paulo e da história de vida de Sebastiana de Mello Freire.

12/9 terça-feira, 14h-17h                                                                                  

RODA DE CONVERSA Memória, bordado e a história de Dona Yayá Conhecer a história do bordado é conhecer a história das mulheres. Beatriz Barsoumian de Carvalho alinhava a história de Yayá, a relação entre saúde mental e as artes manuais, e, ainda, o bordado como uma forma de expressão e de sociabilização. Participação da educadora Carmen Ruiz (CPC-USP).

12/9 terça-feira, 18h-20h

CONVERSA COM PESQUISADORES Educação patrimonial na Casa Oscar Niemeyer Claudia Garcia, pesquisadora e professora da FAU-UnB, apresenta o projeto de educação patrimonial implementado na Casa Niemeyer, localizada em uma área residencial de Brasília. A casa foi projetada por Oscar Niemeyer como moradia para ele e sua família no período de fundação e construção da cidade.

16/9 sábado, 14h-17h30

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP Campus São Carlos
Roteiro de visita pela USP São Carlos, compreendendo o patrimônio universitário para além do campus, alcançando a própria cidade. Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSccvF6J3W1XOlFhl3DFiszzRTMmc5On8Rjtm1j5rgK8-z85fg/closedform

17/9 domingo, 11h-12h                                                                                                   

DOMINGO NA YAYÁ  Recital de Piano O pianista Sérgio Carvalho, professor e instrumentista da equipe artística do CoralUSP, interpreta peças de Josef Haydn e Robert Schumann.

24/9  domingo, 10h-13h

DOMINGO NA YAYÁ Brinquedos e brincadeiras
Crianças de todas as idades vão se divertir com brincadeiras de antigamente, como bolhas de sabão, cama de gato, bambolê, desenho e pintura com nossos educadores e monitores.

27/9 quarta-feira, 14h-17h30

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP Campus Butantã e Centro São Paulo
Roteiro de visita por locais representativos da memória da USP na Cidade Universitária e no centro da cidade de São Paulo. Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSccvF6J3W1XOlFhl3DFiszzRTMmc5On8Rjtm1j5rgK8-z85fg/closedform

Patrimoniar #08. Claudionor Brandão, Magno de Carvalho e Neli Wada: memória do Sindicato dos Trabalhadores da USP

Patrimoniar #08. Claudionor Brandão, Magno de Carvalho e Neli Wada: memória do Sindicato dos Trabalhadores da USP

Segundo a Carta Patrimonial da USP, o patrimônio cultural universitário é formado por bens portadores de referência à memória, identidade e ação dos vários grupos sociais formadores da Universidade. Entender esse patrimônio envolve, portanto, reconhecer as várias referências culturais relevantes para todos os membros da comunidade universitária: estudantes, servidores docentes e servidores técnico-administrativos. Parte da memória dos docentes e, em alguma medida, a dos estudantes, contudo, já estão razoavelmente bem representadas em monumentos, topônimos, publicações e outras iniciativas de memorialização: temos espalhadas pela universidade inúmeras salas, auditórios, edifícios e laboratórios nomeados a partir de célebres e saudosos ex-docentes e ex-alunos da universidade, assim como monumentos como aquele dedicado ao professor Ramos de Azevedo em frente à Escola Politécnica. No entanto, uma parte importante da vida universitária ainda permanece pouco representada nas narrativas, na memória e no patrimônio universitário — aquela referente aos técnicos-administrativos, personagens que normalmente atuam nos bastidores da universidade responsáveis por fazer suas engrenagens funcionarem adequadamente.

Neste programa o CPC tem o prazer de ouvir o depoimento de três lideranças históricas do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp): Claudionor Brandão, Magno de Carvalho e Neli Wada. Estes depoimentos falam sobre o trabalho e a militância no dia-a-dia da universidade, a memória das primeiras manifestações sindicais — ainda fortemente reprimidas pela Ditadura Militar —, a trajetória de lutas, disputas e conquistas e a maneira como toda essa memória está presente no dia-a-dia da universidade.

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Oficina de bordado

Conhecer a história do bordado é conhecer a história das mulheres . A Oficina de bordado na Casa de Dona Yayá parte desta premissa, pensando nas relações complexas envolvidas entre o ato de bordar e o ideal de feminilidade ao longo da história. Muito da invisibilização dessa prática vem do próprio apagamento da mulher no ambiente doméstico e dos fazeres femininos, lidos sempre através de uma chave de submissão. Apesar disso, o bordado se mostra um local potente quando lido como espaço de criatividade, de trocas afetivas, transmissão de saberes e evocação de memória dentro do universo feminino. Papel que pode até mesmo ser visto como subversivo, seja pelo aprendizado informal do alfabeto nos bordados em ponto cruz, em uma época em que muitas mulheres não tinham acesso à educação, seja tendo o bordado como uma fonte de renda. Muitas vezes o bordado foi para a mulher também um espaço de libertação, um espaço de sociabilidade e de reunião com amigas e vizinhas do bairro. A relação do bordado com a Casa de Dona Yayá também se mostra interessante pela figura de Sebastiana de Melo Freire, que mesmo após a reclusão na casa da rua Major Diogo, ainda mantinha contato com as linhas através do frivolité, técnica para confecção de rendas.

Dessa forma, a Oficina de Bordado é uma proposta para despertar a reflexão sobre essa arte manual na vida das mulheres, criar um espaço de convivência entre os participantes de todos os gêneros e aproximação entre a Universidade e a comunidade. Através de agulhas e linhas, constrói-se muito mais do que desenhos, mas sim novas histórias, redes e memórias.

Bibliografia

PARKER, Rozsika. The Subversive Stitch: Embrodery and the Making of the femininity. Londres: IB
Taurus, 2010.
SOUZA, Juliana Padilha de. TRAMAS INVISÍVEIS: Bordado e a Memória do Feminino no Processo
Criativo. Mestrado em Artes. Universidade Federal do Pará. Belém: 2019.
RODRIGUES, Marly. A Casa de Dona Yayá. In: A Casa de Dona Yayá. Comissão de Patrimônio Cultural da
USP. São Paulo: Edusp, 1999.

Informações

Oficina de bordado

De 12 de setembro a 10 de outubro de 2023

Horário: terças feiras, das 14h às 17h

Ministrante Beatriz Barsoumian de Carvalho

Público-alvo
Homens e mulheres acima de 18 anos, que se interessem por bordado. Não é necessário
ter conhecimento prévio.

Programa
Dia 1 – 12/09 Memória, bordado e a história de Dona Yayá: roda de conversa aberta ao público em geral, com participação da equipe do Educativo do CPC-USP/Casa de Dona Yayá.
Dia 2 – 19/09 Apresentação dos materiais utilizados e dos riscos propostos e da bandeira de pontos.
Dia 3 – 26/09 Elaboração da bandeira de pontos e passagem do risco principal para o tecido.
Dia 4 – 03/10 Bordado do risco principal. Dia 5 – 10/10 Bordado do risco principal, técnicas de finalização e acabamento do bordado.

Materiais necessários
Os inscritos receberão um kit contendo: 1 bastidor + 8 meadas de linha de cores variadas + 2 agulhas + 3 recortes de algodão cru (30cm).

Local: CPC-USP/Casa de Dona Yayá

Endereço: Rua Major Diogo, 353, Bela Vista São Paulo -SP

20 vagas
Inscrições gratuitas presencialmente ou pelo Google Forms: https://forms.gle/wbQEWo7eauVubwH4A

Patrimoniar #07. Andréa Tourinho. Patrimônio, planejamento e planos diretores

Sobre um fundo amarelo constam as seguintes informações:

Patrimoniar #07. Andréa Tourinho. Patrimônio, planejamento e planos diretores

A definição e implementação de políticas públicas constitui uma das dimensões mais importantes do campo do patrimônio cultural: é por meio delas que instrumentos de identificação, preservação e valorização dos bens culturais manifestam-se publicamente e ganham alcance social, sobretudo no ambiente urbano. Neste sentido, é pauta recorrente na trajetória de debates e estudos sobre as políticas públicas de patrimônio a da integração deste campo com o do planejamento urbano. Com efeito, desde meados dos anos 1960 que esta pauta aparece e reaparece nas discussões patrimoniais. São várias as questões ligadas a este debate: em que medida o patrimônio cultural deve aparecer nos planos diretores das cidades? Quais os limites e as potencialidades dos instrumentos urbanísticos na salvaguarda do patrimônio? O progresso da cidade é um entrave à preservação do patrimônio e vice-versa?

Neste momento a cidade de São Paulo discute a revisão de seu Plano Diretor Estratégico. Esta proposta de revisão, contudo, tem sido criticada por diversos pesquisadores, profissionais, ativistas e militantes ligados à academia e aos movimentos sociais em função de ameaças às referências culturais e às marcas da memória social presentes em um território que pode sofrer alterações materiais profundas. Para discutir estes e outros assuntos afins conversamos nesta edição do Patrimoniar com a arquiteta urbanista e professora Andréa Tourinho, pesquisadora e profissional com ampla experiência na interface entre patrimônio cultural e planejamento urbano.

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Ciclo de debates: conhecendo o DOI-Codi/SP

O Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá e o Grupo de Trabalho Memorial DOI-Codi/SP promovem o ciclo de debates Conhecendo o DOI-Codi-SP, que vai reunir especialistas, pesquisadores, militantes dos direitos humanos e ex-presos políticos brasileiros para falar sobre o tema da repressão do Estado. DOI-Codi é a sigla pela qual ficou conhecido o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna, órgão de repressão subordinado ao Exército brasileiro que foi criado pelo governo para atuar durante a ditadura que se seguiu ao golpe militar de 1964. O objetivo do ciclo de debates é ampliar o conhecimento sobre o que foi esse órgão, sua atuação, seu impacto até os dias atuais e a importância das pesquisas sobre esse período da história recente do Brasil.

O evento é parte do projeto de investigação arqueológica que acontecerá de 2 a 14 de agosto nas antigas instalações do DOI-Codi, realizado pelo LAP/Unicamp, LEAH/Unifesp e DAA/UFMG, com financiamento do CNPQ e Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp. Além das pesquisas no local serão oferecidas oficinas de formação de professores, de alunos dos ensinos Fundamental e Médio.

Programação

2 de agosto de 2023 – quarta-feira, das 14h às 17h

Documentos de verdade e justiça

Mediação: Marian Joffily (UDESC), autora do livro No centro da engrenagem

Exibição do documentário O dia em que a justiça entrou no DOi-Codi (21 min.)

Convidados: Amelinha Teles, jornalista, ex-presa política; Camilo Tavares, cineasta; Flávio Bastos, advogado e representante do Núcleo Memória.

8 de agosto de 2023 – terça-feira, das 19h às 21h30

Aparato policial na lógica da tortura, ontem e hoje

Mediação: Deborah Neves, coordenadora do GT Memorial DOI-Codi/SP

Convidados: Valéria Oliveira, Mães de maio/CAAF; Célia Rocha Paes, arquiteta, ex-presa política; Marcelo Godoy, jornalista, autor do livro A casa da vovó (2015); Moacyr Oliveira, diretor de jornalismo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e assessor da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ex-preso político.

9 de agosto de 2023 – quarta-feira, das 14h às 17h

Novos olhares sobre a ditadura e o vivido no DOI-Codi

Mediadora: Sônia Fardim, historiadora

Convidados: Janice Theodoro, professora titular da USP, ex-presa política; Célia Rocha Paes, arquiteta, ex-presa política; Ana Paula Brito, museóloga e historiadora, coordenadora da Rede Brasileira de Pesquisadoxs de Sítios de Memória e Consciência (Rebrapesc).

Ciclo de debates: Conhecendo o DOI-Codi-SP

Dias 2, 8 e 9 de agosto de 2023

Inscrições gratuitas por meio de formulário eletrônico

Dia 2/8

https://forms.gle/c4uddsTRExXx99vV7

Dia 8/8

https://forms.gle/D7m63AyRG8VmCE5s7

Dia 9/8

https://forms.gle/TKBmg52633oK1HqY9

Local

CPC-USP/Casa de Dona Yayá

Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista – SP