O Centro de Preservação Cultural apresenta à comunidade universitária uma minuta de POLÍTICA DE ACERVOS PARA A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, documento reunindo sugestões de princípios, diretrizes e recomendações para o trabalho com acervos no contexto da universidade, em suas várias unidades, museus, institutos e órgãos. Trata-se da sugestão de parâmetros amplos para a gestão, identificação, preservação e difusão dos acervos, constituindo-se em referência para o conjunto da universidade.
Esta minuta será apreciada pela comunidade universitária até o fim de abril de 2025. Em maio realizaremos um seminário para consolidar seu texto e encaminhá-la aos órgãos deliberativos competentes.
Estão abertas as inscrições para a segunda edição da Oficina de Fotografia, ministrada por Dani Sandrini, agora sob o tema Encontrando e contando histórias através da imagem. Tendo como ponto de partida o trabalho de alguns fotógrafos documentais que muitas vezes dialogam com a subjetividade em suas práticas, iremos discutir as possibilidades de construção de um trabalho documental, transitando pelas subjetividades, expectativas, adaptações, surpresas, desafios e escolhas para um projeto coeso e que conte histórias para além das obviedades. Com o convite de restabelecer o caminhar pela cidade, observando e extraindo dela recortes que contam histórias, essa oficina busca aprimorar o olhar fotográfico de forma que o fotógrafo consiga expressar em sua imagem o que ele deseja. Se olhássemos para uma determinada fotografia sua, ela nos contaria uma história sem que nenhuma palavra fosse dita? Muitas vezes queremos dizer algo mas não alcançamos isso com a fotografia que fazemos, seja por questões técnicas, seja porque ainda não nos demos conta de que o cérebro viu uma coisa mas a câmera viu outra. Por isso, aprimorar os conceitos técnicos e estéticos na fotografia trará uma melhor possibilidade de expressão.
PROGRAMA AULA 1: Apresentqação de trabalhos documentaisde diversos fotógrafos AULA 2: Saída fotográfica pelo bairro – mini-documentários . AULA 3: Entendimento do funcionamento básico da câmera Fotometria: Obturador, diafragma, ISO A luz – 6 características técnicas da luz Luz natural x luz artificial / Luz como linguagem. AULA 4: Dificuldades encontradas num trabalho documental. Composição e enquadramento. Lentes. AULA 5: Saída fotográfica pelo bairro – documentários AULA 6: Análise das imagens produzidas pelos participantes, a fim de pensarmos onde estão as potências, as dificuldades e os possíveis aprendizados. Exposição de trabalhos de fotógrafos sobre outras formas de documentar.
de 12/3 a 2/4 Inscrições até 28/2: https://e.usp.br/r-a Aulas às quartas-feiras, das 14h às 16h30 Atividade gratuita, com emissão de certificado USP Rua Major Diogo, 353
A Universidade de São Paulo realizará licitação para seleção de um projeto completo de restauro e atualização da Casa da Dona Yayá, sede deste Centro de Preservação Cultural (CPC-USP). Mais informações estão disponíveis no edital (Concorrência 05/2024): https://e.usp.br/rv-
O Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá está de portas abertas para a jornada de atividades de 2025.
No dia 21/1, celebramos o aniversário de Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá, e embalaremos o mês de janeiro em ritmo de festa! Começando no próximo domingo, teremos aula de Hatha Yoga no dia 12/1, primeiro Domingo na Yayá do ano! Na semana seguinte, dias 19, 21 e 23/1, abriremos a Casa para visitas mediadas com nosso time de educadores e monitores: dia 19, das 11 às 12 horas; dias 21 e 23, das 14 às 15 horas.
Encerrando os Domingos na Yayá do mês, receberemos a turma do Bloco do Fuá para uma oficina de percussão em 26/1. Aproveitando o tema carnavalesco, também teremos oficina de máscaras para visitantes de todas as idades. No dia 28/1, terça-feira, será realizada a última apresentação da peça Um tempo chamado Yayá (ingressos esgotados). Todas as atividades são gratuitas! Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista – SP Horários: de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h; quartas-feiras, das 10h às 20h; domingos, das 10h às 13h.
A Constituição Federal define o patrimônio cultural como o conjunto de bens portadores de referência à memória, identidade e ação dos grupos sociais brasileiros. Identificar, reconhecer e valorizar o patrimônio passa necessariamente, portanto, pelo contato e diálogo com a memória das pessoas que detêm e vivem cotidianamente o patrimônio. Esta memória, contudo, não pode se limitar àqueles tidos como personagens notáveis ou associados aos eventos e instituições célebres: tão importante quanto esta memória (ou talvez ainda mais relevante) é aquela memória cotidiana, vivida e construída pelo dia-a-dia de pessoas anônimas.
O bairro do Bexiga — onde se concentram um terço dos bens tombados do município de São Paulo — ainda é associado por quem não compartilha de seu cotidiano a um passado quase exclusivamente ligado à herança da imigração italiana. No entanto, trata-se de um bairro complexo, marcado pela presença de grupos das mais variadas origens. Trata-se, inclusive, de um importante território negro da cidade de São Paulo.
O Coletivo Negros do Bixiga vem pautando a memória negra do bairro, promovendo entrevistas sistemáticas com moradores e ex-moradores do bairro ligados à memória negra. Desse trabalho resultou o documentário Negros do Bixiga, cujo lançamento lotou o Teatro Sérgio Cardoso em junho de 2024.
Para falar sobre essas memórias cotidianas e anônimas fundamentais para a formação da memória coletiva, conversamos nesta edição do Patrimoniar com Wellinton Souza, membro e um dos fundadores do Coletivo.
O Samba é resistência ou (re) existência – e isso nunca foi tão verdade em uma metrópole historicamente excludente, racista e avessa a sua história afro-diaspórica.
Dessa forma, a proposta do curso é analisar e revisitar diversas fontes e atores sociais para compreendermos o percurso do samba enquanto gênero musical, ritmo aglutinador de sociabilidades, identidades e formas de resistência na cidade de São Paulo.
Partindo das disputas sociais sempre presentes na cidade, o curso irá abordar os aquilombamentos urbanos, revoltas sociais, crenças populares, redes de solidariedade e musicalidades tangenciando a questão da formação dos cordões até as Escolas de Samba e os blocos afro-afirmativos.
As memórias da velha guarda do Vai-Vai, o processo recente de direito ao território como espaço de resistência e conexão com a ancestralidade do Movimento Saracura Vai-Vai, os achados arqueológicos abaixo da Capela dos Aflitos na Liberdade, o movimento Samba da Madrinha Eunice na Liberdade, o reconhecimento com estátuas de Madrinha Eunice e Geraldo Filme, a importância indiscutível do samba para o formação da Casa Verde e da Zona Norte sob a égide de Seo Carlão do Peruche; todos essas fatores nos levam a repensar a cidade em sua construção de memórias, sociabilidades, territorialidades e identidades.
Nesse sentido o curso se pretende também a refletir sobre qual o espaço social, político, cultural e de resistência do samba em nossa metrópole e como refletir sobre esse “objeto celebrado” e seus “sujeitos celebrantes” na atualidade.
Data: às quartas-feiras, de 23/10 a 27/11 (exceto 20/11) Horário: 18h às 20h Inscrições até 20/10 Vagas: 30 Público-alvo: estudantes de graduação, pós-graduação, sambistas, ativistas e demais interessados pelo tema Participação presencial Ministrantes: Harry de Castro, Marília Belmonte Magalhães da Silva, Rosemeire Marcondes, Sidnei França e Tabata Luz Coordenadores: Bruno Baronetti e Tiago Bosi Inscreva-se aqui!
Inscrições abertas para o curso de difusão Patrimônio cultural e turismo: análises e debates contemporâneos, ministrado pela professora Francesca Cominelli (Sorbonne) e coordenado pelo professor Thiago Allis (USP). A relação entre turismo e patrimônio cultural costuma ser ambivalente, dado que, de um lado, abrem-se oportunidades de engajamento comunitário, valorização de culturas e geração de receitas com a visitação, mas de outro, pode levar a uma exacerbação de relações comerciais, transformações de hábitos, pastiches e outras intervenções que produzem efeitos negativos – inclusive na produção de experiência da visitação. Assim, o curso propõe um debate acerca da relação entre turismo e patrimônio cultural, pela perspectiva da economia política, em especial no que diz respeito ao patrimônio imaterial. Serão apresentadas algumas linhas teóricas, combinadas com análise de casos em diferentes contextos globais. A realização do curso pelo Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá , em parceria com a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, é uma oportunidade de interação com uma das principais pesquisadoras do tema, cujo vínculo como professora visitante da USP, no marco do Edital de Cátedras Franco-Brasileiras, permite um intercâmbio cultural com a Equipe Interdisciplinaire de Recherche sur le Tourisme (EIREST), da Universidade de Paris 1 – Panthéon Sorbonne.
Curso ministrado em inglês e à distância, via plataforma Zoom
Quando: 22 e 23 de outubro Terça e quarta-feira, das 10h às 12h
Estão abertas as inscrições para o curso de difusão Entre histórias, narrativas e documentos: pesquisando patrimônios históricos da Zona Leste, ministrado por integrantes do CPDOC Guaianás
A periferia e seus sujeitos sempre foram colocados no lugar de objeto de pesquisa: os trabalhadores e suas moradias, o seu modo de vida “comunal”; a violência e morte da juventude; a condição das mulheres e suas lutas; a produção cultural do rap, do sarau, etc. Porém, nas últimas décadas houve mudanças significativas: filhos e filhas da classe trabalhadora atuando na construção do conhecimento. A proposta deste encontro é conhecer as principais referências teóricas e metodológicas que são a base dos processos de pesquisa do CPDOC, além de refletir sobre a atuação de pesquisadores periféricos dentro de uma nova forma de produzir conhecimento, na qual eles são centrais em suas formulações metodológicas.
Tratar de patrimônio na periferia e, em especial, a sua salvaguarda levanta uma série de questões que o CPDOC Guaianás vem enfrentando, entre elas: como a classe trabalhadora apreende e conserva o seu patrimônio material? Essa questão, que aparece no decorrer do trabalho, coloca a nós a prerrogativa de que processos de conservação e musealização não ocorram pela classe trabalhadora e na periferia. E com base nessa questão o Coletivo se propõe a trazê-la como reflexão perpassando pelos processos de salvaguarda, musealização e/ou patrimonialização de acervos, coleções e memórias, além da constituição de um museu NA e PARA a periferia, com foco na Zona Leste de São Paulo.
Estes são alguns dos conteúdos a serem debatidos e coletivamente desenvolvidos ao longo dos 6 encontros.
Quando: as aulas ocorrerão às terças e quartas-feiras (exceto 15/10), das 19h às 21h
Entre 01 e 19 de outubro (o último encontro, sábado/19, acontecerá fora do CPC USP, no território de São Mateus, das 10h às 13h) Vagas: 30 Curso presencial, com emissão de certificado
No primeiro semestre de 2024 o Centro de Preservação Cultural – Casa de Dona Yayá inaugurou um grupo de estudos do patrimônio cultural voltado à leitura e debate de textos ligados ao campo do patrimônio. A proposta é reunir pessoas interessadas em aprender, refletir e discutir sobre o tema a partir tanto de textos clássicos do campo como aqueles ligados a questões emergentes. Neste segundo semestre damos continuidade à iniciativa, convidando todos os participantes a retornarem e abrindo o grupo a novos interessados.
A coordenação dos trabalhos fica a cargo da equipe do CPC e a participação é livre, desde que as pessoas interessadas manifestem compromisso em comparecer a todos os encontros e a ler todos os textos sugeridos. O grupo se organizará em torno de um calendário de leituras e debates mensais construído a partir de sugestões promovidas pelo coordenador e pelos participantes do módulo ocorrido no primeiro semestre. A coordenação dos trabalhos e sua organização será realizada pelo especialista Gabriel Fernandes, da equipe do CPC.
PARTICIPAÇÃO E COMPROMISSO COM O GRUPO
Todas as pessoas adultas interessadas, independente de formação ou de área de atuação, podem participar dos debates desde que manifestem compromisso com a regularidade das leituras e dos encontros mensais voltados à discussão dos temas propostos.
As pessoas interessadas devem se inscrever no sistema Apolo. Os participantes do Módulo 1, ocorrido no primeiro semestre de 2024, terão prioridade no preenchimento das vagas.
CALENDÁRIO E LEITURAS
MÓDULO 2
2º semestre de 2024
Os encontros ocorrem sempre na última terça-feira de cada mês, entre as 19h e as 21h.
Manuel Ferreira Lima Filho. Cidadania patrimonial. Texto presente no livro O lado perverso do patrimônio cultural, organizado por Yussef Campos e Jorge Kulemeyer e publicado em 2018.
Ana Gabriela Morim de Lima. Uma biografia do Kàjre, a machadinha Krahô. Texto presente no livro A alma das coisas. Patrimônios, materialidade e ressonância organizado por José Reginaldo Santos Gonçalves, Roberta Sampaio Guimarães e Nina Pinheiro Bitar e publicado em 2013.
26 de novembro
Ailton Krenak e Yussef Campos. Lugares de origem. São Paulo: Editora Jandaíra, 2021.
Público-alvo
Pessoas interessadas em discutir coletivamente tanto textos clássicos como temas emergentes ligados ao campo do patrimônio cultural. Não há necessidade de formação prévia, apenas interesse sincero e compromisso em participar das leituras ao longo do semestre.
Os processos de patrimonialização dos bens culturais costumam ser divididos em três instâncias, as quais caracterizam um tripé de ação patrimonial análogo aos processos museológicos definidos pelas ações de pesquisa, de preservação e de comunicação. Duas dessas instâncias (a de pesquisa/identificação e a de preservação de bens culturais) são amplamente conhecidas, estudadas e praticadas. Para elas há inúmeros marcos normativos e estudos acadêmicos, bem como um acúmulo de experiências e reflexões sistematizado nas famosas cartas patrimoniais.
A terceira instância deste tripé, contudo, permanece ainda carente de maior atenção por parte de profissionais, instituições e ações de patrimonialização. Há, inclusive, certa dificuldade no interior do campo de melhor definir tal instância: tratam-se de ações de difusão, de valorização, de comunicação? Eventualmente adotou-se no mundo anglófono e importou-se para cá a expressão “interpretação”, mas talvez ela seja problemática. Eventualmente também se confundem ações de difusão de bens culturais com ações mais amplas de educação patrimonial — este, contudo, se constitui de um campo que transcende a mera esfera da difusão dos bens e atravessa também as ações de pesquisa e preservação.
Neste curso pretendemos abordar panoramicamente os problemas relacionados a esta terceira instância do patrimônio cultural de definição ainda confusa. Apesar de sua marginalidade nos órgãos de preservação, trata-se de um campo que tem testemunhado avanços relevantes nas práticas patrimoniais recentes, levando-se em conta a multiplicação de experiências e atividades como o turismo social, as jornadas do patrimônio, a presença da pauta patrimonial em redes sociais, entre outros fenômenos semelhantes.
Discutiremos as várias definições associadas à palavras usualmente utilizadas para nos referirmos a esta terceira instância (interpretação, comunicação, difusão, educação, etc), bem como trabalharemos com seus problemas, limites e potencialidades. Avaliaremos atividades tradicionalmente ligadas à extroversão do patrimônio (como a organização de exposições, as várias práticas deambulatórias associadas a roteiros e itinerários, a produção de publicações, inserções em redes sociais, etc) bem como sua interface com a educação patrimonial.
26/8. Educação patrimonial no Brasil e a trajetória do CPC
26/4. Fechamento do curso e apresentação dos exercícios dos participantes
SERVIÇO
Datas e horários
19 a 26 de agosto de 2024, segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h30. Aula externa no sábado, dia 24/8, das 9h30 às 12h.
Carga horária
12,5h
Público-alvo
Profissionais, pesquisadores e ativistas do campo patrimonial, bem como interessados em ações com bens culturais de uma forma geral.
Local Casa de Dona Yayá Rua Major Diogo, 353, São Paulo, SP
Curso presencial
Atividade gratuita 30 vagas
Inscrições
Interessados devem se inscrever pelo sistema Apolo: https://e.usp.br/qu3 A seleção será feita por meio de carta de intenção apresentada no momento da inscrição.