Grupo de estudos e leituras do patrimônio cultural no CPC

Em 2024 o Centro de Preservação Cultural inaugura um grupo de estudos do patrimônio cultural voltado a todas as pessoas interessadas em aprender, refletir e discutir sobre o tema a partir da leitura e debate tanto de textos clássicos do campo como aqueles ligados a questões emergentes. A coordenação dos trabalhos ficará a cargo da equipe do CPC e a participação é livre, desde que as pessoas interessadas manifestem compromisso em comparecer a todos os encontros e a ler todos os textos sugeridos. O grupo se organizará em torno de um calendário de leituras e debates mensais construído a partir de sugestões promovidas pelo coordenador e pelos interesses manifestados pelos participantes.

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programação mensal

DOMINGO NA YAYÁ
7/1, domingo, 10h às 13h
Exposição Yayá: cotidiano, feminismo, doença, riqueza
Conheça a Casa de Dona Yayá, lugar de memória e patrimônio cultural de São Paulo, e a história de vida de Sebastiana de Mello Freire.

DOMINGO NA YAYÁ
14/1, domingo, 11h às 12h
Movimento e saúde mental: hatha yoga Aula aberta para iniciantes e praticantes de todas as idades, sem necessidade de
inscrição. Instrutora: Bruna Gabriela Elias.

DOMINGO NA YAYÁ
21/1, domingo
11h às 12h Visita mediada: conheça a Casa de Dona Yayá com nossos monitores.
11h às 13h Oficina infantil: confecção de cadernos de memórias com colagem e pintura sobre a história de Dona Yayá.

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP
24/1, quarta-feira, 14h
Campus São Carlos
Roteiro de visita por locais representativos do Campus da USP na cidade de São
Carlos, que teve início em 1948, com a criação da Escola de Engenharia (EESC).
Inscrições antecipadas

DOMINGO NA YAYÁ
28/11, domingo, 11h às 15h
Oficina de férias: a pré-história ao alcance de todos
Oficina lúdica e educativa para confecção de réplicas de animais pré-históricos do
Brasil e do mundo, de diferentes idades geológicas. Para crianças acima de 7 anos e
adultos. Inscrições no local. Com o prof. Luiz Eduardo Anelli (IGc USP).

CURSO
30/1, 6, 20 e 27/2, terças-feiras, 9h às 12h
Análise de riscos aplicado ao edifício Casa de Dona Yayá
Introdução ao planejamento de ações para gestão de riscos e plano de emergência em
ambientes de bibliotecas, arquivos, museus ou unidades com acervos tendo como
estudo de caso a Casa de Dona Yayá. Com Juliana Saft (IFSP), Ina Hergert (MP USP) e Flávia Urzua (MP USP). Inscrições antecipadas.

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP
31/1, quarta-feira, 9h
Campus Butantã
Roteiro de visita por locais representativos da Cidade Universitária Armando Salles de
Oliveira que contam parte da história da USP e da vida universitária. Inscrições antecipadas.

OFICINA
31/1, 1, 7 e 8/2, quartas e quintas-feiras, 14h às 18h
Encadernação artesanal: livro objeto
Confecção de livro-objeto a partir de impressões, experiências e memórias dos
participantes. Com Claudia Garcia (UnB) e Symony Jardim (UnB). Inscrições antecipadas.

Patrimoniar #04. Claudia Alexandre: Vai-vai, o samba e o candomblé

Patrimoniar #04

O carnaval é o momento do ano em que o samba é tornado um espetáculo exibido pela televisão e acompanhado por milhões de pessoas. Contudo, como manifestação e referência cultural de diversos grupos sociais, o samba, o carnaval e todas as práticas associadas a este importante bem cultural são caracterizados por inúmeras camadas de significado, ação e memória — e apenas a superfície dessas camadas é devidamente capturada durante a sua espetacularização televisiva. São muitas as conexões entre o samba e o carnaval e a ancestralidade, a religiosidade e a memória negra: muitos dos signos ligados a essas conexões permanecem invisíveis ou ignorados. O samba, o carnaval e a religiosidade de matriz africana foram alvo de inúmeros processos violentos de repressão e silenciamento ao longo de sua existência, tornando sua prática hoje uma forma de reafirmação da resistência — contudo, processos de repressão e silenciamento continuam operando nos dias atuais, como aqueles que levaram ao despejo da escola de samba Vai-Vai de sua sede no bairro do Bexiga, em São Paulo.

Nesta edição do Patrimoniar conversamos com Claudia Alexandre a respeito de suas pesquisas no campo da ciência da religião sobre o samba, o carnaval, o candomblé e a escola de samba Vai-Vai.

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Patrimoniar #03. Alberto Luiz dos Santos e Rodrigo Accioli Almeida: futebol e patrimônio cultural

Patrimoniar #03. Alberto Luiz dos Santos e Rodrigo Accioli Almeida: futebol e patrimônio cultural

Mais do que uma modalidade esportiva, o futebol se constitui no Brasil de uma prática cultural popular que mobiliza afetos, memórias, identidades e lugares. Dos grandes estádios aos campos de várzea, das peladas nas ruas aos espetáculos comerciais, ao redor do futebol orbitam diversas formas de rituais, performances e disputas — as quais se espalham pelo espaço urbano transcendendo em muito os espaços estritamente dedicados à prática esportiva.

No contexto de mais uma Copa do Mundo, o CPC pauta o futebol como patrimônio cultural em uma conversa com os geógrafos e pesquisadores Alberto Luiz dos Santos e Rodrigo Accioly Almeida, autores de pesquisas recentemente defendidas na Universidade de São Paulo a respeito de distintas facetas dessa prática que tanto diz sobre a ação, identidade e memória de parcelas significativas da população brasileira.

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Conversa com pesquisadores. Bexiga: patrimônio e cidade

A região da cidade conhecida como Bexiga — ou Bixiga, a depender do interlocutor — é caracterizada pelo acúmulo simultâneo de muitas realidades: são vários os grupos sociais que ocupam o bairro, bem como são múltiplas as identidades e as manifestações culturais. Território associado à presença e à memória negra, italiana e nordestina na cidade (entre muitos outros grupos que habitam o lugar), o dia-a-dia do Bexiga é marcado por uma rica interação entre muitas práticas culturais e por um uso intenso das ruas. São também muitas as disputas em torno dos significados, narrativas e representações do bairro.

Reunindo uma parcela significativa dos bens culturais oficialmente reconhecidos na cidade de São Paulo — cerca de um terço dos imóveis tombados pelo município encontram-se no Bexiga —, celebramos em dezembro os vinte anos do tombamento do bairro pela resolução 22 de 2002 do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de São Paulo.

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