Captação em vídeo: memórias de moradores do Bixiga

curso de difusão

Foram abertas as inscrições para o último curso deste semestre oferecido pelo @cpcusp
Captação em vídeo – memórias de moradores do Bixiga, distribuído entre aulas teóricas e sobretudo práticas, tem como objetivo coletar depoimentos de pessoas que residem há muitos anos no bairro Bela Vista (popularmente conhecido como Bixiga), com relatos de suas trajetórias e das memórias da região.
Será criada uma playlist no canal do Youtube do CPC USP – Casa de Dona Yayá composta por vídeos com depoimentos de moradores do Bixiga contando suas trajetórias, a relação com o bairro e eventualmente com a Casa de Dona Yayá. Com esta playlist, pretendemos ajudar a manter viva a memória dos habitantes da região, os relatos de suas famílias, as tradições que existem ou já existiram, as transformações pelas quais o Bixiga passou, as histórias vivenciadas ou ouvidas, formando um acervo importante para familiares, amigos, moradores e pesquisadores.

Buscamos com este projeto contribuir pela permanência destas pessoas no bairro, atuando contra o apagamento e silenciamento de populações desfavorecidas que podem desaparecer do Bixiga com a gradativa valorização imobiliária.

Ministrado por Eduardo Kishimoto, cineasta, curador, roteirista e diretor de diversas e premiadas obras e analista de comunicação do CPC USP.
Assistente: Dayane Inácio, servidora do CPC USP, com formação em jornalismo.

O curso apresentará um breve panorama de como diferentes escolas de documentário e programas televisivos exploraram o formato de entrevista. A seguir o grupo debaterá os objetivos das gravações, formulará coletivamente a pauta das entrevistas e escolherá os entrevistados a partir de sugestões dos próprios participantes. Serão analisados alguns exemplos de captação e debateremos como percebemos o equilíbrio entre condições técnicas e ambiente de escuta. As gravações acontecerão alternando datas comerciais e aos domingos, privilegiando a agenda dos entrevistados.

Inscrições até 22/5/2025

de 10/6 a 1/7/2025
Às terças-feiras e domingos, 18h-21h/10h-13h
Atividade presencial, com emissão de certificado USP

CPC USP – Casa de Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353 – Bela

2º Seminário interno Acervos na USP: por uma política de acervos

2º Seminário interno Acervos na USP: por uma política de acervos

Acontece no dia 13 de maio de 2025, nas dependências do InovaUSP, na Cidade Universitária, o 2º Seminário Acervos na USP, no qual profissionais, docentes, estudantes e pesquisadores ligados aos vários acervos da Universidade terão a oportunidade de discutir as potencialidade, limites e desafios na sua gestão, reconhecimento, preservação e comunicação.

Neste 2º Seminário pretendemos encaminhar uma primeira proposta de política de acervos para a Universidade a partir das discussões desenvolvidas na primeira edição do evento, ocorrida em abril de 2023. Naquele momento foram levantadas uma série de dificuldades, desafios e potencialidades na integração dos acervos espalhados pelas unidades às atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como ao seu reconhecimento, preservação, difusão e gestão.

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Terreiros Sagrados do Bixiga

Curso de difusão

O Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá torna disponível o novo curso oferecido pela instituição: Terreiros Sagrados do Bixiga! 

Em momento tão significativo na história do bairro, quando as escavações do Sítio Saracura Vai-Vai recuperam testemunhos de práticas de matriz africana nesta região, o curso visa contribuir significativamente para os estudos acerca da história do povo negro no Bixiga, elucidando que a existência de Terreiros ainda é marcante na contemporaneidade, estabelecendo diálogos e pontes com estes lugares sagrados para a redução do racismo religioso e urbano. 

Idealizado pelo professor Fabrício Forganes Santos, cujas formações social e acadêmica têm extensa conexão com o tema, Terreiros Sagrados do Bixiga traça entre os objetivos:

– Refletir sobre as práticas de matriz africana no bairro e suas influências culturais para a memória negra local;
– Explorar a história das diferentes manifestações religiosas afro-brasileiras no Bixiga;
– Fomentar o debate sobre a patrimonialização desses espaços como parte do patrimônio cultural imaterial do bairro;
– Visitar e estudar a arquitetura dos terreiros da região;
– Promover o reconhecimento da importância desses espaços na luta contra a discriminação religiosa.

Público alvo: Moradores do bairro do Bixiga/Bela Vista, professores, integrantes de coletivos culturais, estudantes, pesquisadores dos territórios de tradição de matriz africana e demais interessados na relação entre cidade e patrimônios afro-brasileiros.

Terreiros Sagrados do Bixiga
Inscrições até 24/4: https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterCurso?cod_curso=10400478&cod_edicao=25001&numseqofeedi=1
Atividade presencial
com direito a certificado USP

De 7 a 28 de maio de 2025
Às quartas-feiras, das 19h às 21h30

PROGRAMA COMPLETO (AULA A AULA)
Aula 1: 07 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
Breve história dos Territórios Sagrados Afros nas cidades brasileiras.
Local: CPC-USP / Casa de Dona Yayá

Aula 2: 14 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
A Casa dos Orixás do Bixiga.
Local: Ile Asé Iya Osun. R. Alm. Marques de Leão, 284

Aula 3: 21 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
A Casa dos Caboclos do Bixiga.
Local: Terreiro de Umbanda Cacique Pena Branca. R. Santo Antônio, 1299

Aula 4: 28 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
A Casa dos Angolas do Bixiga.
Local: Casa Mestre Ananias. R. Conselheiro Ramalho, 939

Patrimoniar #17. Poroiwak: Memória e patrimônio cultural da amarelitude

Patrimoniar #17. Poroiwak: Memória e patrimônio cultural da amarelitude

Em várias cidades do mundo ocidental verifica-se desde meados do século 20 a instalação de bairros cenográficos alusivos a determinadas culturas asiáticas (especialmente as nipônicas, chinesas, coreanas, entre outras). Conhecidos como “Chinatowns”, tais bairros materializam na paisagem urbana um conjunto problemático de signos oriundos de contextos distintos, colaborando para a consolidação de estereótipos das populações consideradas “amarelas” por parte das culturas ocidentais. Trata-se de uma forma particularmente perversa de racismo, na medida em que tais paisagens estereotipadas contribuem com formas fetichização e diminuição do outro ao mesmo tempo em que parecem, paradoxalmente, valorizar sua presença. A cidade de São Paulo tem no bairro da Liberdade um desses casos: a construção de um bairro turístico repleto de signos alusivos à presença nipônica no bairro (como pórticos e luminárias estilizadas) está associada não só a esta forma de racismo urbano como colabora também com o apagamento da memória e do patrimônio cultural de outros grupos sociais igualmente invisibilizados no espaço urbano, como as populações negras e indígenas que também ocuparam aquele território.

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Política de acervos da USP: consulta pública

Imagem com fundo alaranjado com as informações sobre a consulta pública presentes nesta página

O Centro de Preservação Cultural apresenta à comunidade universitária uma minuta de POLÍTICA DE ACERVOS PARA A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, documento reunindo sugestões de princípios, diretrizes e recomendações para o trabalho com acervos no contexto da universidade, em suas várias unidades, museus, institutos e órgãos. Trata-se da sugestão de parâmetros amplos para a gestão, identificação, preservação e difusão dos acervos, constituindo-se em referência para o conjunto da universidade.

Esta minuta será apreciada pela comunidade universitária até o fim de abril de 2025. Em maio realizaremos um seminário para consolidar seu texto e encaminhá-la aos órgãos deliberativos competentes.

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Oficina de Fotografia – Inscrições Abertas

Estão abertas as inscrições para a segunda edição da Oficina de Fotografia, ministrada por Dani Sandrini, agora sob o tema Encontrando e contando histórias através da imagem.
Tendo como ponto de partida o trabalho de alguns fotógrafos documentais que muitas
vezes dialogam com a subjetividade em suas práticas, iremos discutir as possibilidades de
construção de um trabalho documental, transitando pelas subjetividades, expectativas,
adaptações, surpresas, desafios e escolhas para um projeto coeso e que conte histórias para além das obviedades.
Com o convite de restabelecer o caminhar pela cidade, observando e extraindo dela
recortes que contam histórias, essa oficina busca aprimorar o olhar fotográfico de forma que o fotógrafo consiga expressar em sua imagem o que ele deseja.
Se olhássemos para uma determinada fotografia sua, ela nos contaria uma história sem que nenhuma palavra fosse dita?
Muitas vezes queremos dizer algo mas não alcançamos isso com a fotografia que fazemos,
seja por questões técnicas, seja porque ainda não nos demos conta de que o cérebro viu
uma coisa mas a câmera viu outra.
Por isso, aprimorar os conceitos técnicos e estéticos na fotografia trará uma melhor
possibilidade de expressão.

PROGRAMA
AULA 1:
Apresentqação de trabalhos documentaisde diversos fotógrafos
AULA 2:
Saída fotográfica pelo bairro – mini-documentários .
AULA 3:
Entendimento do funcionamento básico da câmera
Fotometria: Obturador, diafragma, ISO
A luz – 6 características técnicas da luz
Luz natural x luz artificial / Luz como linguagem.
AULA 4:
Dificuldades encontradas num trabalho documental.
Composição e enquadramento.
Lentes.
AULA 5:
Saída fotográfica pelo bairro – documentários
AULA 6:
Análise das imagens produzidas pelos participantes, a fim de pensarmos onde estão as
potências, as dificuldades e os possíveis aprendizados.
Exposição de trabalhos de fotógrafos sobre outras formas de documentar.

de 12/3 a 2/4
Inscrições até 28/2: https://e.usp.br/r-a
Aulas às quartas-feiras, das 14h às 16h30
Atividade gratuita, com emissão de certificado USP
Rua Major Diogo, 353

Retomada das atividades

O Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá está de portas abertas para a jornada de atividades de 2025.

No dia 21/1, celebramos o aniversário de Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá, e embalaremos o mês de janeiro em ritmo de festa!
Começando no próximo domingo, teremos aula de Hatha Yoga no dia 12/1, primeiro Domingo na Yayá do ano! Na semana seguinte, dias 19, 21 e 23/1, abriremos a Casa para visitas mediadas com nosso time de educadores e monitores: dia 19, das 11 às 12 horas; dias 21 e 23, das 14 às 15 horas.

Encerrando os Domingos na Yayá do mês, receberemos a turma do Bloco do Fuá para uma oficina de percussão em 26/1. Aproveitando o tema carnavalesco, também teremos oficina de máscaras para visitantes de todas as idades.
No dia 28/1, terça-feira, será realizada a última apresentação da peça Um tempo chamado Yayá (ingressos esgotados).
Todas as atividades são gratuitas!
Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista – SP
Horários: de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h; quartas-feiras, das 10h às 20h; domingos, das 10h às 13h.

Patrimoniar #16. Wellinton Souza: Negros do Bixiga

A Constituição Federal define o patrimônio cultural como o conjunto de bens portadores de referência à memória, identidade e ação dos grupos sociais brasileiros. Identificar, reconhecer e valorizar o patrimônio passa necessariamente, portanto, pelo contato e diálogo com a memória das pessoas que detêm e vivem cotidianamente o patrimônio. Esta memória, contudo, não pode se limitar àqueles tidos como personagens notáveis ou associados aos eventos e instituições célebres: tão importante quanto esta memória (ou talvez ainda mais relevante) é aquela memória cotidiana, vivida e construída pelo dia-a-dia de pessoas anônimas.

O bairro do Bexiga — onde se concentram um terço dos bens tombados do município de São Paulo — ainda é associado por quem não compartilha de seu cotidiano a um passado quase exclusivamente ligado à herança da imigração italiana. No entanto, trata-se de um bairro complexo, marcado pela presença de grupos das mais variadas origens. Trata-se, inclusive, de um importante território negro da cidade de São Paulo.

O Coletivo Negros do Bixiga vem pautando a memória negra do bairro, promovendo entrevistas sistemáticas com moradores e ex-moradores do bairro ligados à memória negra. Desse trabalho resultou o documentário Negros do Bixiga, cujo lançamento lotou o Teatro Sérgio Cardoso em junho de 2024.

Para falar sobre essas memórias cotidianas e anônimas fundamentais para a formação da memória coletiva, conversamos nesta edição do Patrimoniar com Wellinton Souza, membro e um dos fundadores do Coletivo.

OUÇA AQUI
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O samba de São Paulo: histórias, memórias, territorialidades e identidades

curso de difusão

O Samba é resistência ou (re) existência – e isso nunca foi tão verdade em uma metrópole historicamente excludente, racista e avessa a sua história afro-diaspórica.

Dessa forma, a proposta do curso é analisar e revisitar diversas fontes e atores sociais para compreendermos o percurso do samba enquanto gênero musical, ritmo aglutinador de sociabilidades, identidades e formas de resistência na cidade de São Paulo.

 Partindo das disputas sociais sempre presentes na cidade, o curso irá abordar os aquilombamentos urbanos, revoltas sociais, crenças populares, redes de solidariedade e musicalidades tangenciando a questão da formação dos cordões até as Escolas de Samba e os blocos afro-afirmativos.

As memórias da velha guarda do Vai-Vai, o processo recente de direito ao território como espaço de resistência e conexão com a ancestralidade do Movimento Saracura Vai-Vai, os achados arqueológicos abaixo da Capela dos Aflitos na Liberdade, o movimento Samba da Madrinha Eunice na Liberdade, o reconhecimento com estátuas de Madrinha Eunice e Geraldo Filme, a importância indiscutível do samba para o formação da Casa Verde e da Zona Norte sob a égide de Seo Carlão do Peruche; todos essas fatores nos levam a repensar a cidade em sua construção de memórias, sociabilidades, territorialidades e identidades.

Nesse sentido o curso se pretende também a refletir sobre qual o espaço social, político, cultural e de resistência do samba em nossa metrópole e como refletir sobre esse “objeto celebrado” e seus “sujeitos celebrantes” na atualidade. 

Data: às quartas-feiras, de 23/10 a 27/11 (exceto 20/11)
Horário: 18h às 20h
Inscrições até 20/10
Vagas: 30
Público-alvo: estudantes de graduação, pós-graduação, sambistas, ativistas e demais interessados pelo tema
Participação presencial
Ministrantes: Harry de Castro, Marília Belmonte Magalhães da Silva, Rosemeire Marcondes, Sidnei França e Tabata Luz
Coordenadores: Bruno Baronetti e Tiago Bosi
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