Patrimoniar #11. Adriana Capretz: Memória, silenciamento e crime ambiental em Maceió

Patrimoniar #11. Adriana Capretz: Memória, silenciamento e crime ambiental em Maceió

A cidade de Maceió, em Alagoas, tem vivido nos últimos anos os efeitos violentos e assustadores decorrentes da mineração predatória em seu território. A extração sistemática de sal-gema por parte da empresa Braskem ao longo de décadas em camadas profundas do solo provocou abalo das camadas superficiais, inviabilizando a vida em bairros inteiros e levando à condenação de construções e estruturas diversas presentes nestes locais. A necessidade de evacuar tal região levou a uma diáspora forçada de parcelas significativas da população de Maceió, redundando na perda de laços de sociabilidade, de vínculos afetivos, de práticas culturais e de manifestações e referências culturais enraizadas neste território. Para além das perdas materiais, trata-se de um violento processo de apagamento de memórias, vivências e práticas culturais cotidianas. Em reação ao duro golpe promovido na vida de milhares de pessoas, repentinamente obrigadas a deixar suas casas e seus cotidianos, diversas iniciativas de memória e de denúncia do crime ambiental vêm sendo promovidas por coletivos e indivíduos diversos.

Para discutir estas questões, nesta edição do Patrimoniar em dezembro de 2023 conversamos com a pesquisadora Adriana Capretz Borges da Silva Manhas, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Ao longo do programa retomamos o histórico do desastre ambiental promovido na cidade, seus efeitos materiais e os processos de silenciamento e apagamento de referências culturais e de memória existentes naquela região.

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