Na última semana de julho acontece no Centro de Preservação Cultural – Casa de Dona Yayá a oficina intensiva Vai-Vai fica: possibilidades para a quadra do Vai-Vai no Bixiga. Iniciativa em parceria do CPC com a escola de samba Vai-Vai e com o coletivo Malungo, a oficina pretende reunir pessoas interessadas em pensar de forma colaborativa possibilidades, estudos e projetos para a ocupação de espaços do bairro pelo Vai-Vai.
Continue reading “Oficina Vai-Vai fica: possibilidades para a quadra do Vai-Vai no Bixiga”Patrimoniar #04. Claudia Alexandre: Vai-vai, o samba e o candomblé
O carnaval é o momento do ano em que o samba é tornado um espetáculo exibido pela televisão e acompanhado por milhões de pessoas. Contudo, como manifestação e referência cultural de diversos grupos sociais, o samba, o carnaval e todas as práticas associadas a este importante bem cultural são caracterizados por inúmeras camadas de significado, ação e memória — e apenas a superfície dessas camadas é devidamente capturada durante a sua espetacularização televisiva. São muitas as conexões entre o samba e o carnaval e a ancestralidade, a religiosidade e a memória negra: muitos dos signos ligados a essas conexões permanecem invisíveis ou ignorados. O samba, o carnaval e a religiosidade de matriz africana foram alvo de inúmeros processos violentos de repressão e silenciamento ao longo de sua existência, tornando sua prática hoje uma forma de reafirmação da resistência — contudo, processos de repressão e silenciamento continuam operando nos dias atuais, como aqueles que levaram ao despejo da escola de samba Vai-Vai de sua sede no bairro do Bexiga, em São Paulo.
Nesta edição do Patrimoniar conversamos com Claudia Alexandre a respeito de suas pesquisas no campo da ciência da religião sobre o samba, o carnaval, o candomblé e a escola de samba Vai-Vai.
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