O samba de São Paulo: histórias, memórias, territorialidades e identidades

curso de difusão

O Samba é resistência ou (re) existência – e isso nunca foi tão verdade em uma metrópole historicamente excludente, racista e avessa a sua história afro-diaspórica.

Dessa forma, a proposta do curso é analisar e revisitar diversas fontes e atores sociais para compreendermos o percurso do samba enquanto gênero musical, ritmo aglutinador de sociabilidades, identidades e formas de resistência na cidade de São Paulo.

 Partindo das disputas sociais sempre presentes na cidade, o curso irá abordar os aquilombamentos urbanos, revoltas sociais, crenças populares, redes de solidariedade e musicalidades tangenciando a questão da formação dos cordões até as Escolas de Samba e os blocos afro-afirmativos.

As memórias da velha guarda do Vai-Vai, o processo recente de direito ao território como espaço de resistência e conexão com a ancestralidade do Movimento Saracura Vai-Vai, os achados arqueológicos abaixo da Capela dos Aflitos na Liberdade, o movimento Samba da Madrinha Eunice na Liberdade, o reconhecimento com estátuas de Madrinha Eunice e Geraldo Filme, a importância indiscutível do samba para o formação da Casa Verde e da Zona Norte sob a égide de Seo Carlão do Peruche; todos essas fatores nos levam a repensar a cidade em sua construção de memórias, sociabilidades, territorialidades e identidades.

Nesse sentido o curso se pretende também a refletir sobre qual o espaço social, político, cultural e de resistência do samba em nossa metrópole e como refletir sobre esse “objeto celebrado” e seus “sujeitos celebrantes” na atualidade. 

Data: às quartas-feiras, de 23/10 a 27/11 (exceto 20/11)
Horário: 18h às 20h
Inscrições até 20/10
Vagas: 30
Público-alvo: estudantes de graduação, pós-graduação, sambistas, ativistas e demais interessados pelo tema
Participação presencial
Ministrantes: Harry de Castro, Marília Belmonte Magalhães da Silva, Rosemeire Marcondes, Sidnei França e Tabata Luz
Coordenadores: Bruno Baronetti e Tiago Bosi
Inscreva-se aqui!

Patrimônio cultural e turismo: análises e debates contemporâneos

curso de difusão

Inscrições abertas para o curso de difusão Patrimônio cultural e turismo: análises e debates contemporâneos, ministrado pela professora Francesca Cominelli (Sorbonne) e coordenado pelo professor Thiago Allis (USP).
A relação entre turismo e patrimônio cultural costuma ser ambivalente, dado que, de um lado, abrem-se oportunidades de engajamento comunitário, valorização de culturas e geração de receitas com a visitação, mas de outro, pode levar a uma exacerbação de relações comerciais, transformações de hábitos, pastiches e outras intervenções que produzem efeitos negativos – inclusive na produção de experiência da visitação. Assim, o curso propõe um debate acerca da relação entre turismo e patrimônio cultural, pela perspectiva da economia política, em especial no que diz respeito ao patrimônio imaterial. Serão apresentadas algumas linhas teóricas, combinadas com análise de casos em diferentes contextos globais.
A realização do curso pelo Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá , em parceria com a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, é uma oportunidade de interação com uma das principais pesquisadoras do tema, cujo vínculo como professora visitante da USP, no marco do Edital de Cátedras Franco-Brasileiras, permite um intercâmbio cultural com a Equipe Interdisciplinaire de Recherche sur le Tourisme (EIREST), da Universidade de Paris 1 – Panthéon Sorbonne.

Curso ministrado em inglês e à distância, via plataforma Zoom

Quando: 22 e 23 de outubro
Terça e quarta-feira, das 10h às 12h

Inscrições gratuitas até 18/10: https://e.usp.br/r8b

curso de difusão Entre histórias, narrativas e documentos: pesquisando patrimônios históricos da Zona Leste



Estão abertas as inscrições para o curso de difusão Entre histórias, narrativas e documentos: pesquisando patrimônios históricos da Zona Leste, ministrado por integrantes do CPDOC Guaianás

A periferia e seus sujeitos sempre foram colocados no lugar de objeto de pesquisa: os trabalhadores e suas moradias, o seu modo de vida “comunal”; a violência e morte da juventude; a condição das mulheres e suas lutas; a produção cultural do rap, do sarau, etc. Porém, nas últimas décadas houve mudanças significativas: filhos e filhas da classe trabalhadora atuando na construção do conhecimento. A proposta deste encontro é conhecer as principais referências teóricas e metodológicas que são a base dos processos de pesquisa do CPDOC, além de refletir sobre a atuação de pesquisadores periféricos dentro de uma nova forma de produzir conhecimento, na qual eles são centrais em suas formulações metodológicas.

Tratar de patrimônio na periferia e, em especial, a sua salvaguarda levanta uma série de questões que o CPDOC Guaianás vem enfrentando, entre elas: como a classe trabalhadora apreende e conserva o seu patrimônio material? Essa questão, que aparece no decorrer do trabalho, coloca a nós a prerrogativa de que processos de conservação e musealização não ocorram pela classe trabalhadora e na periferia. E com base nessa questão o Coletivo se propõe a trazê-la como reflexão perpassando pelos processos de salvaguarda, musealização e/ou patrimonialização de acervos, coleções e memórias, além da constituição de um museu NA e PARA a periferia, com foco na Zona Leste de São Paulo.

Estes são alguns dos conteúdos a serem debatidos e coletivamente desenvolvidos ao longo dos 6 encontros.

Quando: as aulas ocorrerão às terças e quartas-feiras (exceto 15/10), das 19h às 21h

Entre 01 e 19 de outubro (o último encontro, sábado/19, acontecerá fora do CPC USP, no território de São Mateus, das 10h às 13h)
Vagas: 30
Curso presencial, com emissão de certificado

Inscrições até 23/9.

Local: Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353

GRUPO DE ESTUDOS E LEITURAS DO PATRIMÔNIO CULTURAL NO CPC

No primeiro semestre de 2024 o Centro de Preservação Cultural – Casa de Dona Yayá inaugurou um grupo de estudos do patrimônio cultural voltado à leitura e debate de textos ligados ao campo do patrimônio. A proposta é reunir pessoas interessadas em aprender, refletir e discutir sobre o tema a partir tanto de textos clássicos do campo como aqueles ligados a questões emergentes. Neste segundo semestre damos continuidade à iniciativa, convidando todos os participantes a retornarem e abrindo o grupo a novos interessados.

A coordenação dos trabalhos fica a cargo da equipe do CPC e a participação é livre, desde que as pessoas interessadas manifestem compromisso em comparecer a todos os encontros e a ler todos os textos sugeridos. O grupo se organizará em torno de um calendário de leituras e debates mensais construído a partir de sugestões promovidas pelo coordenador e pelos participantes do módulo ocorrido no primeiro semestre. A coordenação dos trabalhos e sua organização será realizada pelo especialista Gabriel Fernandes, da equipe do CPC.

PARTICIPAÇÃO E COMPROMISSO COM O GRUPO

Todas as pessoas adultas interessadas, independente de formação ou de área de atuação, podem participar dos debates desde que manifestem compromisso com a regularidade das leituras e dos encontros mensais voltados à discussão dos temas propostos.

As pessoas interessadas devem se inscrever no sistema Apolo. Os participantes do Módulo 1, ocorrido no primeiro semestre de 2024, terão prioridade no preenchimento das vagas.

CALENDÁRIO E LEITURAS

MÓDULO 2

2º semestre de 2024

Os encontros ocorrem sempre na última terça-feira de cada mês, entre as 19h e as 21h.

Público-alvo

Pessoas interessadas em discutir coletivamente tanto textos clássicos como temas emergentes ligados ao campo do patrimônio cultural. Não há necessidade de formação prévia, apenas interesse sincero e compromisso em participar das leituras ao longo do semestre.

Vagas
30

Procedimento de inscrição
Preencher formulário no sistema Apolo. Participantes do Módulo 1 terão prioridade no preenchimento das vagas.

Introdução à extroversão do Patrimônio Cultural

Curso de difusão

Os processos de patrimonialização dos bens culturais costumam ser divididos em três instâncias, as quais caracterizam um tripé de ação patrimonial análogo aos processos museológicos definidos pelas ações de pesquisa, de preservação e de comunicação. Duas dessas instâncias (a de pesquisa/identificação e a de preservação de bens culturais) são amplamente conhecidas, estudadas e praticadas. Para elas há inúmeros marcos normativos e estudos acadêmicos, bem como um acúmulo de experiências e reflexões sistematizado nas famosas cartas patrimoniais.

A terceira instância deste tripé, contudo, permanece ainda carente de maior atenção por parte de profissionais, instituições e ações de patrimonialização. Há, inclusive, certa dificuldade no interior do campo de melhor definir tal instância: tratam-se de ações de difusão, de valorização, de comunicação? Eventualmente adotou-se no mundo anglófono e importou-se para cá a expressão “interpretação”, mas talvez ela seja problemática. Eventualmente também se confundem ações de difusão de bens culturais com ações mais amplas de educação patrimonial — este, contudo, se constitui de um campo que transcende a mera esfera da difusão dos bens e atravessa também as ações de pesquisa e preservação.

Neste curso pretendemos abordar panoramicamente os problemas relacionados a esta terceira instância do patrimônio cultural de definição ainda confusa. Apesar de sua marginalidade nos órgãos de preservação, trata-se de um campo que tem testemunhado avanços relevantes nas práticas patrimoniais recentes, levando-se em conta a multiplicação de experiências e atividades como o turismo social, as jornadas do patrimônio, a presença da pauta patrimonial em redes sociais, entre outros fenômenos semelhantes.

Discutiremos as várias definições associadas à palavras usualmente utilizadas para nos referirmos a esta terceira instância (interpretação, comunicação, difusão, educação, etc), bem como trabalharemos com seus problemas, limites e potencialidades. Avaliaremos atividades tradicionalmente ligadas à extroversão do patrimônio (como a organização de exposições, as várias práticas deambulatórias associadas a roteiros e itinerários, a produção de publicações, inserções em redes sociais, etc) bem como sua interface com a educação patrimonial.

Programa

19/8. Extroversão, educação, interpretação, comunicação?

21/8. Interpretação e saber de experiência

24/8. Aula externa

26/8. Educação patrimonial no Brasil e a trajetória do CPC

26/4. Fechamento do curso e apresentação dos exercícios dos participantes

SERVIÇO

Datas e horários

19 a 26 de agosto de 2024, segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h30. Aula externa no sábado, dia 24/8, das 9h30 às 12h.

Carga horária

12,5h

Público-alvo

Profissionais, pesquisadores e ativistas do campo patrimonial, bem como interessados em ações com bens culturais de uma forma geral.

Local
Casa de Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353, São Paulo, SP

Curso presencial

Atividade gratuita
30 vagas

Inscrições

Interessados devem se inscrever pelo sistema Apolo: https://e.usp.br/qu3
A seleção será feita por meio de carta de intenção apresentada no momento da inscrição.

Antirracismo e contracolonialidade na São Paulo contemporânea

O Centro de Preservação Cultural da USP anuncia o primeiro curso de difusão do segundo semestre de 2024: Antirracismo e contracolonialidade na São Paulo contemporânea, ministrado por Abílio Ferreira.

Visando jogar luz sobre a relação entre o campo de disputas do patrimônio e da memória e o binômio racismo-colonialidade, o curso tem como método situar as pessoas participantes sobre a atual intensificação das agendas indígena e negra nessa dinâmica, oferecendo subsídios para uma interpretação adequada do fenômeno.

30 vagas
Local: Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá
De 2 a 30 de julho de 2024, às terças-feiras, das 09h às 13h 

Inscrições gratuitas até 17/06/2024 (link na bio)

Programa

Serão quatro aulas (uma por semana) de quatro horas de duração cada uma, com a seguinte temática:

Aula 1: Tebas e Luiz Gama – 02/07, das 09h às 13h

Aula 2: O bairro da Liberdade – 16/07, das 9h às 13h

Aula 3: Caminhada até a região do Piques – 23/07, das 9h às 13h

Aula 4: Avaliação – 30/07, das 9h às 13h

Inscrições até 17/6: https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterCurso?cod_curso=10400393&cod_edicao=24001&numseqofeedi=1

Curso de difusão “Patrimônio e memórias da violência: formas de reconhecer e agir”

Inscrições abertas para o curso de difusão “Patrimônio e memórias da violência: formas de reconhecer e agir”, com Déborah Neves. Atividade presencial.

Objetivo: conhecer o arcabouço legal do reconhecimento de lugares relacionados às violências; reconhecer desafios institucionais e políticos para preservação destas memórias; conhecer experiências brasileiras e latino-americanas de preservação destes espaços; identificar reificação de violências nos espaços públicos (monumentos, vias públicas, edifícios) e formas de transformação da percepção da cidade; conhecer a metodologia empregada na experiência do coletivo Grupo de Trabalho Memorial Doi-Codi.

Público-alvo: professores, coletivos culturais, pesquisadores e interessados no tema das memórias e na relação entre cidade e patrimônio.

PROGRAMA

AULA 1: o patrimônio ao longo dos séculos e a Legislação acerca de lugares de memória.
DATA: 05/06/2024, 19h às 21h
LOCAL: CPC-USP/Casa de Dona Yayá

AULA 2: experiências de preservação de lugares de memória relacionadas Ditadura (Brasil e América Latina
DATA: 12/06/2024, 19h às 21h
LOCAL: CPC-USP/Casa de Dona Yayá

AULA 3: em conjunto com o IEB-USP, Disciplina IEB-5050-Pós-Graduação em Culturas e Identidades Brasileiras, com Inês Cordeiro Gouveia.
DATA: 19/06/2024, 19h às 21h
LOCAL: IEB-USP

AULA 4: a experiência de preservação da Oban/Doi-Codi de São Paulo.
DATA: 26/06/2024, 19 às 21h
LOCAL: CPC-USP/Casa de Dona Yayá

Visita ao futuro Memorial DOI-Codi
DATA: 22/06/2024, 10 às 12h
LOCAL: atividade externa

Inscrições gratuitas até 25 de maio: https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterCurso?cod_curso=10400412&cod_edicao=24001&numseqofeedi=1

Um primeiro roteiro audiovisual: memória de vida / histórias da família

Curso de Difusão

As trajetórias familiares, para além do interesse particular, se relacionam com períodos históricos e fenômenos sociais importantes, fazendo parte da memória da cidade e do país, constituindo em diversos sentidos o nosso patrimônio material e imaterial.

Partindo desse entendimento, este curso propõe desenvolver roteiros de curtas-metragens com base nas histórias de família usando o audiovisual como linguagem e explorando suas especificidades e potencialidades.

Público-alvo: estudantes, moradores do bairro Bela Vista, funcionários da USP, pesquisadores, de 16 a 80 anos, de qualquer escolaridade, sem pré-requisito.

Datas: 30/4; 7, 14, 21 e 28/5; 4/6 de 2024. Terças-feiras, das 18h às 21h

Ministrante: Eduardo Kishimoto (CPC-USP)
Inscrições gratuitas de 25 de março a 15 de abril de 2024: http://e.usp.br/q05

Curso presencial gratuito!

Patrimônio da loucura: literatura e arquitetura manicomial brasileira (séculos XIX-XX)

SOBRE O CURSO: Diversos campos do saber nos ensinam que a fronteira entre os
territórios da loucura e da sanidade mental é dinâmica e socialmente construída.
São muitos os pesquisadores das áreas da história, da filosofia, da medicina e da
psicologia que se dedicam a identificar, descrever e analisar o fenômeno da
loucura e o lugar por ela ocupado em diferentes culturas ao longo do tempo. Uma
abordagem da loucura a partir do campo do patrimônio, especificamente por
meio da literatura e da arquitetura, pode enriquecer o debate a respeito das
questões concernentes ao sofrimento psíquico e seus tratamentos na história
brasileira recente, fornecendo novas perspectivas para pensar a maneira como
tais questões se apresentam na atualidade.
Inscrições: http://e.usp.br/pxp

OBJETIVOS:

  1. Introduzir o debate acerca da saúde mental, partindo de bases históricas,
    médicas e filosóficas;
  2. Fornecer um panorama histórico das instituições ligadas ao tratamento
    da loucura no Ocidente, com ênfase na trajetória dos principais hospitais
    psiquiátricos brasileiros dos séculos XIX e XX;
  3. Apresentar algumas das diferentes formas sob as quais a loucura é
    retratada no mundo das letras, em especial na literatura brasileira dos
    séculos XIX e XX;
  4. Oferecer as ferramentas para relacionar as manifestações artísticas da
    loucura, em especial por meio da literatura, mas também das artes
    plásticas, com as condições espaciais do seu tratamento, a partir do
    estudo de caso do Hospício do Juquery, localizado em Franco da Rocha –
    São Paulo.

Apresenta as perspectivas históricas, filosóficas e científicas distintas sob as quais constitui-se o fenômeno da loucura e seus diversos encaminhamentos, dando ênfase ao dispositivo do manicômio e sua trajetória no Brasil entre os séculos XIX e XX. A
partir daí, aborda a experiência manicomial dos diversos sujeitos a ela
submetidos por meio da literatura em suas mais distintas formas (denúncia,
ficção, diários etc.). Finalmente, articula essas instâncias através do estudo de
caso do hospício do Juquery (localizado em Franco da Rocha – São Paulo),
enriquecendo a discussão por meio de uma incursão nas artes plásticas e sua
mobilização pela terapia ocupacional, que culmina em uma visita de campo ao
Museu de Arte Osório César, localizado nas antigas dependências do Juquery.

METODOLOGIA: Aulas expositivas presenciais, amparadas pela bibliografia
selecionada, seguidas de um espaço para trocas e debates entre os participantes
e a ministrante. Inclui atividade externa na forma de visita a museu.
CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO: Presença e participação nos encontros.
PÚBLICO ALVO: Voltado a estudantes de graduação e pós-graduação, em
especial àqueles vinculados às áreas das humanidades e das ciências sociais
aplicadas, bem como para a comunidade em geral e demais interessados pelo
tema.
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas.

PROGRAMA COMPLETO (AULA A AULA)
Aula 1 – A loucura em questão: do sofrimento psíquico à doença mental
03/04/2024 (qua) – 18:30h-21:00h
Duração: 2:30 h
Ementa: O que chamamos de loucura? Discussão sobre as distâncias e
aproximações entre o sofrimento psíquico e a doença mental. Sofrimento
psíquico como instância constituinte do sujeito e doença mental como

diagnóstico social e cientificamente construído. Recortes de raça, gênero e classe
nos dispositovos psiquiátricos brasileiros.
Aula 2- Os lugares da loucura na cultura ocidental: imaginário e
materialidade
10/04/2024 (qua) – 18:30h-21:00h
Duração: 2:30 h
Ementa: Templos e teatros como lugares da loucura na antiguidade. A demonologia cristã e a loucura como possessão durante a Idade Média, os limites da liberdade e a Nau dos Loucos. O humanismo renascentista, a loucura lúcida e o pavilhão hospitalar. O racionalismo do século XVII e a relação da loucura com a criminalidade. O século XVIII, a ciência e o manicômio. O Brasil, a chegada da corte portuguesa e o primeiro hospício da América Latina. Hospício Pedro II e suas colônias de alienados. Para além da capital: Barbacena e introdução ao Juquery.
Aula 3 – A loucura no mundo das letras: confinamento, experiência e
denúncia
17/04/2024 (qua) – 18:30h-21:00h
Duração: 2:30 h
Ementa: Como a loucura é retratada na literatura? Em quais gêneros literários
ela aparece? Qual a função da escrita nos quadros onde o sofrimento psíquico se
impõe? A ficção, a denúncia e a escrita de si a partir de obras de autores
nacionais e internacionais. Daniel Paul Schreber, Antonin Artaud, O Holderlin de
Agamben, O alienista de Machado de Assis, A redoma de vidro de Sylvia Plath,
Nellie Bly, Leonora Carrington, o falatório de Stella do Patrocínio, os diários de
Lima Barreto, Maura Lopes Cançado e Torquato Neto, entre outros.
Aula 4 – Juquery: hospital, relato e museu
24/04/2024 (qua) – 18:30h-21:00h
Duração: 2:30 h
Ementa: História e localização do Juquery. A linha de trem e o manicômio. A
arquitetura e a espacialidade da loucura. Denúncias jornalísticas: “Cinzas do
Juquery” e “O capa-branca”. Origens do setor de terapia ocupacional, Nise da
Silveira e as artes plásticas. Os registros de Alice Brill, as classificações da arte de
hospício e o Museu de Arte Osório César.
Aula 5 – Visita ao Museu de Arte Osório César
27/04/2024 (sáb) – 13:00h-17:00h
Duração: 4:00 h
Ementa: Ponto de encontro na estação de metrô/ trem “Palmeiras- Barra funda”,
seguida de percurso de trem até a estação Franco da Rocha (10 estações que
constituem viagem de 40 minutos em média). Caminhada até o Museu de Arte
Osório César (cerca de 10 minutos), onde será realizada a visita pelos remanescentes do antigo Hospício do Juquery e o contato com o acervo de obras de arte produzidas pelos seus internos no Museu.


Curso Análise de riscos aplicada ao edifício Casa de Dona Yayá

Estão abertas as inscrições para o primeiro curso de 2024 do CPC USP: Análise de riscos aplicada ao edifício Casa de Dona Yayá (casarão secular que sedia o Centro de Preservação Cultural da USP).

O Brasil possui mais de três mil museus, além de arquivos, bibliotecas e centros de memórias, dentre outras instituições que abrigam acervos, mas carece de centros de formação e grupos profissionais ativos. O cuidado com coleções numerosas é um desafio específico para a área da conservação e exige uma gama de conhecimentos dinâmicos, como arquitetura e engenharia, gestão, documentação e identificação de elementos, materiais e técnicas. Este curso é um projeto piloto e visa contribuir com o atendimento à grande demanda por formação, por reconhecimento e valorização dos recursos humanos presentes nas instituições com acervos.
Ao longo das aulas serão realizadas etapas de elaboração de um plano de emergência e treinamento para situações que envolvam água. Pretende-se que os alunos apliquem os conhecimentos vistos na aula teórica em uma aula prática onde a própria edificação do CPC USP será utilizada como estudo de caso.

Carga Horária: 12 horas (às terças feiras) em formato presencial.
Público-alvo: profissionais e pesquisadores que trabalham ou fazem pesquisas relacionadas a acervos culturais.

Inscrições de 5 a 19 de janeiro através do link https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterCurso?cod_curso=10400383&cod_edicao=23001&numseqofeedi=1
30 vagas.
Ministrantes: Flávia Urzua, Ina Hergert e Juliana Saft.
Curso gratuito!