Tradição e ruptura: uma introdução à arquitetura japonesa do século XX

Está aberto o período de inscrições para o próximo curso de difusão do Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá, Tradição e ruptura: uma introdução à arquitetura japonesa do século XX.

Embora o Brasil tenha a maior comunidade de imigrantes japoneses fora do Japão, a visão sobre o Extremo Oriente ainda é influenciada por estereótipos distantes da realidade atual. O curso aborda questões culturais e arquitetônicas, destacando a importância de romper com percepções deturpadas e eurocêntricas. Em um cenário de crescente globalização e decolonialidade, objetiva-se refletir sobre as influências das disputas imperialistas na formação da arquitetura japonesa e mundial, promovendo a desconstrução de estereótipos e ampliando a compreensão de contextos culturais diversos.

Corresponde ao conteúdo do curso discutir as principais transformações na arquitetura e urbanismo do Japão desde a Restauração Meiji, no final do século XIX, até os dias atuais, incluindo os impactos da modernização, ocidentalização, industrialização, ciclos de reconstruções e o período pós-guerra.

Inscrições até 23/10

Ministrante: Maria Cláudia Candeia (Universidade de Brasília)

Aulas de 4 a 25/11

Às terças-feiras, das 16h às 18h30

Aulas presenciais e gratuitas, com emissão de certificado USP

Rua Major Diogo, 353

Bela Vista/Bixiga, São Paulo, SP

Memória, cidade e jornalismo

Curso de difusão

Memória, cidade e jornalismo é o novo curso de difusão do CPC USP, com inscrições já disponíveis e limite de vagas!

O curso busca situar o jornalismo como agente privilegiado na produção da história e da memória na cidade de São Paulo, refletindo e ao mesmo tempo influenciando construções culturais e políticas públicas. Por meio de leitura de bibliografia recomendada, análise de materiais relacionados e debates em sala, a ideia é falar sobre pesquisa em acervos, identidade urbana e possibilidades de transformação de retratos estigmatizantes, valorizando a noção de território, as narrativas de pertencimento e as culturas locais.

Serão três encontros, às terças-feiras, das 19h às 21h, com a seguinte abordagem:

Aula 1 (16/09/2025, 19h–21h): Reflexão sobre a imprensa, de brechas em grandes veículos à resistência em órgãos militantes, como fonte para compreender a história urbana e explorar arquivos físicos e digitais. Debate sobre práticas jornalísticas que ampliem mundos sensíveis às desigualdades e diversidades.
Aula 2 (23/09/2025, 19h–21h): Análise das representações de São Paulo nas manchetes e sua relação com urbanização e identidades.
Aula 3 (30/09/2025, 19h–21h): Discussão sobre lugar e território no jornalismo e nas políticas de memória, contra estigmas e exclusões.

De 16 a 30/9, das 19h às 21h
Às terças-feiras
Aulas presenciais e gratuitas, com emissão de certificado USP

Rua Major Diogo, 353
Bela Vista/Bixiga, São Paulo, SP

3ª edição da Oficina de Bordado na Casa de Dona Yayá

ministrada por Beatriz Barsoumian

Segundo a historiadora Rozsika Parker, conhecer a história do bordado é conhecer a história das mulheres. A “Oficina de Bordado na Casa de Dona Yayá” parte dessa premissa ao refletir sobre as relações entre o bordar e os ideais de feminilidade, historicamente atravessados por apagamentos — tanto das mulheres no espaço doméstico quanto dos saberes considerados “femininos”. Ainda assim, o bordado revela-se como espaço de potência: criativo, afetivo e político. Como aponta Juliana Padilha de Sousa, mestre em artes (UFPA), ele serviu à aprendizagem informal — como nos alfabetos em ponto cruz — e como fonte de renda, a despeito das limitações que as mulheres atravessaram em cada momento da História. Bordar, assim, também foi um gesto de resistência, sociabilidade e autonomia.

A relação com a Casa ganha força com a memória de Sebastiana de Mello Freire, que, mesmo reclusa, bordava rendas com a técnica do frivolité. A Oficina, em sua terceira edição, dá continuidade ao projeto “Bixiga Entre Linha”, valorizando detalhes das fachadas e portões do bairro, incluindo símbolos adinkras, de matriz africana e cuja presença é bastante marcante na arquitetura da região.
A atividade propõe a ocupação sensível do espaço da Casa, aproximando comunidade e Universidade. Com agulhas e linhas, constrói-se memórias, redes e novas formas de habitar a história.

Programação de férias – de 20 a 31/07

Aulas distribuídas em 3 encontros:
domingo 20/07, quinta 24/07 e quinta 31/07

Aula 1: Domingo 20/07, das 10h às 14h
Apresentação do curso, distribuição dos materiais e riscos.
Apresentação da bandeira “Bixiga Entre Linha” aos demais participantes; e aprendizado dos pontos básicos já nos riscos distribuídos.

Aula 2: Quinta-feira 24/07, das 14h às 18h
Finalização dos bordados e início da colagem na bandeira “Bixiga Entre Linha”.

Aula 3: Quinta- feira 31/07, das 14h às 18h
Finalização da bandeira “Bixiga Entre Linha”.

Inscrições até 18/07/2025
Local: CPC-USP / Casa de Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista/Bixiga – SP

Aulas presenciais e gratuitas, com emissão de certificado USP

Antirracismo e contracolonialidade na São Paulo contemporânea

Curso de difusão

O Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá tem o prazer de anunciar a segunda edição do curso Antirracismo e contracolonialidade na São Paulo contemporânea, ministrado por Abílio Ferreira, cujas inscrições iniciam hoje e encerram em 22/6.

A passagem dos anos 1980 para os 1990 marcou a consolidação do discurso antirracista no Brasil e refletiu o fortalecimento do interesse pela memória. Nesse contexto, o Movimento Negro ressignificou o 20 de novembro — data da morte de Zumbi — como contranarrativa ao 13 de maio, início da desconstrução do mito da democracia racial e preparação para os 300 anos da “imortalidade” de Zumbi, em 1995.

Paralelamente, o historiador Ulpiano Bezerra de Menezes observava a centralidade crescente da memória em diversas frentes sociais, revelando nova consciência histórica e valorização de registros empíricos relevantes.

Décadas depois, o assassinato de George Floyd, em 2020, reacendeu debates globais sobre racismo e colonialismo. A queda de estátuas de figuras escravocratas em diversos países ecoou no Brasil com o incêndio da estátua de Borba Gato, simbolizando o repúdio à violência histórica e sua glorificação pública.

Diante dessas pressões, iniciativas como a Jornada do Patrimônio e a instalação de monumentos a figuras negras esquecidas — como Itamar Assumpção e Carolina de Jesus — expressam um esforço de reparação simbólica, bem como a Lei 11.645/2008, que ao incluir as culturas afro-brasileira e indígena no currículo escolar reforça a aliança entre povos historicamente marginalizados, cuja resistência encontra na oralidade e na literatura um instrumento de humanização.

Serão quatro encontros, nas segundas-feiras de julho, das 14h às 17h, com a seguinte abordagem:

1 – A literatura negro-brasileira a partir de Luiz Gama – dia 07

2 – Tebas: o homem, a lenda e a alegoria – dia 14

3 – O território negro-indígena do Piques: origem do Bixiga – dia 21

4: Avaliação – dia 28

De 7 a 28/7, das 14h às 17h

Às segundas-feiras

Aulas presenciais e gratuitas, com emissão de certificado USP

Inscreva-se aqui.

Rua Major Diogo, 353

Bela Vista/Bixiga, São Paulo, SP

Terreiros Sagrados do Bixiga

Curso de difusão

O Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá torna disponível o novo curso oferecido pela instituição: Terreiros Sagrados do Bixiga! 

Em momento tão significativo na história do bairro, quando as escavações do Sítio Saracura Vai-Vai recuperam testemunhos de práticas de matriz africana nesta região, o curso visa contribuir significativamente para os estudos acerca da história do povo negro no Bixiga, elucidando que a existência de Terreiros ainda é marcante na contemporaneidade, estabelecendo diálogos e pontes com estes lugares sagrados para a redução do racismo religioso e urbano. 

Idealizado pelo professor Fabrício Forganes Santos, cujas formações social e acadêmica têm extensa conexão com o tema, Terreiros Sagrados do Bixiga traça entre os objetivos:

– Refletir sobre as práticas de matriz africana no bairro e suas influências culturais para a memória negra local;
– Explorar a história das diferentes manifestações religiosas afro-brasileiras no Bixiga;
– Fomentar o debate sobre a patrimonialização desses espaços como parte do patrimônio cultural imaterial do bairro;
– Visitar e estudar a arquitetura dos terreiros da região;
– Promover o reconhecimento da importância desses espaços na luta contra a discriminação religiosa.

Público alvo: Moradores do bairro do Bixiga/Bela Vista, professores, integrantes de coletivos culturais, estudantes, pesquisadores dos territórios de tradição de matriz africana e demais interessados na relação entre cidade e patrimônios afro-brasileiros.

Terreiros Sagrados do Bixiga
Inscrições até 24/4: https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterCurso?cod_curso=10400478&cod_edicao=25001&numseqofeedi=1
Atividade presencial
com direito a certificado USP

De 7 a 28 de maio de 2025
Às quartas-feiras, das 19h às 21h30

PROGRAMA COMPLETO (AULA A AULA)
Aula 1: 07 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
Breve história dos Territórios Sagrados Afros nas cidades brasileiras.
Local: CPC-USP / Casa de Dona Yayá

Aula 2: 14 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
A Casa dos Orixás do Bixiga.
Local: Ile Asé Iya Osun. R. Alm. Marques de Leão, 284

Aula 3: 21 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
A Casa dos Caboclos do Bixiga.
Local: Terreiro de Umbanda Cacique Pena Branca. R. Santo Antônio, 1299

Aula 4: 28 de maio de 2025 | 19 h às 21h30
A Casa dos Angolas do Bixiga.
Local: Casa Mestre Ananias. R. Conselheiro Ramalho, 939

Oficina de Fotografia – Inscrições Abertas

Estão abertas as inscrições para a segunda edição da Oficina de Fotografia, ministrada por Dani Sandrini, agora sob o tema Encontrando e contando histórias através da imagem.
Tendo como ponto de partida o trabalho de alguns fotógrafos documentais que muitas
vezes dialogam com a subjetividade em suas práticas, iremos discutir as possibilidades de
construção de um trabalho documental, transitando pelas subjetividades, expectativas,
adaptações, surpresas, desafios e escolhas para um projeto coeso e que conte histórias para além das obviedades.
Com o convite de restabelecer o caminhar pela cidade, observando e extraindo dela
recortes que contam histórias, essa oficina busca aprimorar o olhar fotográfico de forma que o fotógrafo consiga expressar em sua imagem o que ele deseja.
Se olhássemos para uma determinada fotografia sua, ela nos contaria uma história sem que nenhuma palavra fosse dita?
Muitas vezes queremos dizer algo mas não alcançamos isso com a fotografia que fazemos,
seja por questões técnicas, seja porque ainda não nos demos conta de que o cérebro viu
uma coisa mas a câmera viu outra.
Por isso, aprimorar os conceitos técnicos e estéticos na fotografia trará uma melhor
possibilidade de expressão.

PROGRAMA
AULA 1:
Apresentqação de trabalhos documentaisde diversos fotógrafos
AULA 2:
Saída fotográfica pelo bairro – mini-documentários .
AULA 3:
Entendimento do funcionamento básico da câmera
Fotometria: Obturador, diafragma, ISO
A luz – 6 características técnicas da luz
Luz natural x luz artificial / Luz como linguagem.
AULA 4:
Dificuldades encontradas num trabalho documental.
Composição e enquadramento.
Lentes.
AULA 5:
Saída fotográfica pelo bairro – documentários
AULA 6:
Análise das imagens produzidas pelos participantes, a fim de pensarmos onde estão as
potências, as dificuldades e os possíveis aprendizados.
Exposição de trabalhos de fotógrafos sobre outras formas de documentar.

de 12/3 a 2/4
Inscrições até 28/2: https://e.usp.br/r-a
Aulas às quartas-feiras, das 14h às 16h30
Atividade gratuita, com emissão de certificado USP
Rua Major Diogo, 353

Retomada das atividades

O Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá está de portas abertas para a jornada de atividades de 2025.

No dia 21/1, celebramos o aniversário de Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá, e embalaremos o mês de janeiro em ritmo de festa!
Começando no próximo domingo, teremos aula de Hatha Yoga no dia 12/1, primeiro Domingo na Yayá do ano! Na semana seguinte, dias 19, 21 e 23/1, abriremos a Casa para visitas mediadas com nosso time de educadores e monitores: dia 19, das 11 às 12 horas; dias 21 e 23, das 14 às 15 horas.

Encerrando os Domingos na Yayá do mês, receberemos a turma do Bloco do Fuá para uma oficina de percussão em 26/1. Aproveitando o tema carnavalesco, também teremos oficina de máscaras para visitantes de todas as idades.
No dia 28/1, terça-feira, será realizada a última apresentação da peça Um tempo chamado Yayá (ingressos esgotados).
Todas as atividades são gratuitas!
Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista – SP
Horários: de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h; quartas-feiras, das 10h às 20h; domingos, das 10h às 13h.

O samba de São Paulo: histórias, memórias, territorialidades e identidades

curso de difusão

O Samba é resistência ou (re) existência – e isso nunca foi tão verdade em uma metrópole historicamente excludente, racista e avessa a sua história afro-diaspórica.

Dessa forma, a proposta do curso é analisar e revisitar diversas fontes e atores sociais para compreendermos o percurso do samba enquanto gênero musical, ritmo aglutinador de sociabilidades, identidades e formas de resistência na cidade de São Paulo.

 Partindo das disputas sociais sempre presentes na cidade, o curso irá abordar os aquilombamentos urbanos, revoltas sociais, crenças populares, redes de solidariedade e musicalidades tangenciando a questão da formação dos cordões até as Escolas de Samba e os blocos afro-afirmativos.

As memórias da velha guarda do Vai-Vai, o processo recente de direito ao território como espaço de resistência e conexão com a ancestralidade do Movimento Saracura Vai-Vai, os achados arqueológicos abaixo da Capela dos Aflitos na Liberdade, o movimento Samba da Madrinha Eunice na Liberdade, o reconhecimento com estátuas de Madrinha Eunice e Geraldo Filme, a importância indiscutível do samba para o formação da Casa Verde e da Zona Norte sob a égide de Seo Carlão do Peruche; todos essas fatores nos levam a repensar a cidade em sua construção de memórias, sociabilidades, territorialidades e identidades.

Nesse sentido o curso se pretende também a refletir sobre qual o espaço social, político, cultural e de resistência do samba em nossa metrópole e como refletir sobre esse “objeto celebrado” e seus “sujeitos celebrantes” na atualidade. 

Data: às quartas-feiras, de 23/10 a 27/11 (exceto 20/11)
Horário: 18h às 20h
Inscrições até 20/10
Vagas: 30
Público-alvo: estudantes de graduação, pós-graduação, sambistas, ativistas e demais interessados pelo tema
Participação presencial
Ministrantes: Harry de Castro, Marília Belmonte Magalhães da Silva, Rosemeire Marcondes, Sidnei França e Tabata Luz
Coordenadores: Bruno Baronetti e Tiago Bosi
Inscreva-se aqui!

Patrimônio cultural e turismo: análises e debates contemporâneos

curso de difusão

Inscrições abertas para o curso de difusão Patrimônio cultural e turismo: análises e debates contemporâneos, ministrado pela professora Francesca Cominelli (Sorbonne) e coordenado pelo professor Thiago Allis (USP).
A relação entre turismo e patrimônio cultural costuma ser ambivalente, dado que, de um lado, abrem-se oportunidades de engajamento comunitário, valorização de culturas e geração de receitas com a visitação, mas de outro, pode levar a uma exacerbação de relações comerciais, transformações de hábitos, pastiches e outras intervenções que produzem efeitos negativos – inclusive na produção de experiência da visitação. Assim, o curso propõe um debate acerca da relação entre turismo e patrimônio cultural, pela perspectiva da economia política, em especial no que diz respeito ao patrimônio imaterial. Serão apresentadas algumas linhas teóricas, combinadas com análise de casos em diferentes contextos globais.
A realização do curso pelo Centro de Preservação Cultural da USP – Casa de Dona Yayá , em parceria com a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, é uma oportunidade de interação com uma das principais pesquisadoras do tema, cujo vínculo como professora visitante da USP, no marco do Edital de Cátedras Franco-Brasileiras, permite um intercâmbio cultural com a Equipe Interdisciplinaire de Recherche sur le Tourisme (EIREST), da Universidade de Paris 1 – Panthéon Sorbonne.

Curso ministrado em inglês e à distância, via plataforma Zoom

Quando: 22 e 23 de outubro
Terça e quarta-feira, das 10h às 12h

Inscrições gratuitas até 18/10: https://e.usp.br/r8b