O projeto Roteiros do Patrimônio é um convite ao reconhecimento das memórias e histórias da Universidade por meio do seu diverso patrimônio cultural com o qual a comunidade acadêmica estabelece processos de construção de conhecimento, pertencimento e valor. São sugestões de percursos que foram traçados tendo como referência edifícios significativos dos campi da USP pelo seu valor histórico, arquitetônico ou afetivo. Os roteiros são destinados tanto à comunidade universitária quanto à comunidade externa. Fundada na década de 1930, a USP é uma das instituições de ensino e pesquisa mais importantes do Brasil e da América Latina, e faz parte da história de São Paulo.
Os Roteiros do Patrimônio da USP dão continuidade à série Guias CPC, que busca identificar e divulgar o rico patrimônio cultural da Universidade e suas referências culturais. Nesta primeira etapa do projeto foram elaborados três roteiros de visitação que apresentam a Cidade Universitária “Armando Salles de Oliveira”, as unidades espalhadas na região central da capital e o campus São Carlos, no interior do estado, em colaboração como Instituto de Arquitetura de Urbanismo. Para cada roteiro foi produzido um guia com o mapa do local, o trajeto sugerido, os pontos de parada e a apresentação dos pontos de parada. Os guias serão complementados, ainda, por áudios disponíveis para acesso por meio de QRCode que trazem informações sobre os locais e reproduzem os sons dos ambientes da USP, ampliando a experiência sensorial dos roteiros. Os interessados poderão se inscrever gratuitamente para fazer os roteiros com o acompanhamento dos monitores do CPC-USP nos horários determinados.
Roteiros do Patrimônio da USP Campus Butantã
Dentro da vasta pluralidade da Cidade Universitária, propõe-se um percurso pela Cidade Universitária “Armando Salles de Oliveira” que, partindo do Centro de Práticas Esportivas, o CEPE, busca explorar alguns exemplos do patrimônio edificado e também natural, histórico e acadêmico do campus. Valorizando os usos e as vivências cotidianas, os lugares e edifícios, bem como as memórias, o trajeto propõe a apresentação e o convite à reflexão sobre os múltiplos significados do patrimônio cultural da Universidade de São Paulo.
Roteiros do Patrimônio da USP Centro da cidade de São Paulo
A Universidade de São Paulo guarda estreita relação com a região central da Capital. As instituições de ensino superior que deram origem à USP em 1934, à exceção da Escola Superior de Agricultura em Piracicaba, ficavam nessa região, como a Faculdade de Direito, a Faculdade de Medicina, a Escola Politécnica, a Faculdade de Farmácia e Odontologia, a Escola de Medicina Veterinária, o Instituto de Educação e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL). Entre os anos 1940, com o início do processo de construção do campus universitário no bairro do Butantã, até a década de 1970, algumas unidades foram tranferidas para o Campus. Permaneceram no Centro o chamado Quadrilátero da Saúde, a Faculdade de Direito, uma unidade da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design e órgãos de extensão e cultura.
Roteiros do Patrimônio da USP Campus São Carlos
Partindo do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), no centro da cidade de São Carlos, e com destino final a portaria principal do campus, na Avenida Trabalhador São Carlense, a caminhada pretende alcançar a compreensão do patrimônio universitário para além do campus e alcançando a própria cidade. O percurso sugerido é totalmente caminhável, com uma subida do CDCC até o campus e descida até a portaria principal. Um caminho alternativo, mais longo, passa pela avenida mais importante da cidade, a Avenida São Carlos, onde estão outros pontos de interesse, como a Catedral de São Carlos, o Jardim Público, a Praça Coronel Salles (Praça dos Pombos) e a Escola Álvaro Guião.
O evento “Acervos na USP: desafios na gestão e na preservação” tem por objetivo reconhecer a diversidade e complexidade dos acervos da universidade e promover reflexões acerca da sua salvaguarda e difusão, propiciando a reunião de gestores e profissionais ligados ao tema. O evento tem como objetivo promover a construção de conhecimento sobre os acervos da USP, proporcionar amplo debate sobre os principais desafios de preservação e gestão, bem como ressaltar a sua importância para a Universidade. Pretende ser uma oportunidade de trabalho colaborativo e participativo, reunindo as redes de trabalho em prol do benefício de todos os acervos da Universidade.
A proposta partiu do “Grupo de Trabalho Acervos da USP e Conservação”, criado em janeiro de 2022 por iniciativa do Centro de Preservação Cultural/Casa de Dona Yayá, da Biblioteca Brasiliana Mindlin, da Rede de Conservação Preventiva da USP e da Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos com o propósito de promover encontros ao longo do ano de 2023 para fomentar iniciativas para a preservação e conservação de acervos da USP.
O evento ocorrerá em dois dias. No dia 18 estarão reunidos os grupos de trabalho temáticos com os profissionais que atuam com preservação de acervos da USP, previamente inscritos. No dia 19, com participação aberta, serão apresentadas mesas-redondas com pesquisadores e especialistas da Universidade para uma reflexão acerca da importância dos acervos universitários e caminhos para sua preservação.
PROGRAMA
Dia 18/4/2023 9h Abertura: Profa. Dra. Marli Quadros Leite, Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária e Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher, Pró-Reitor Adjunto de Cultura e Extensão Universitária 9h30 Café 10h – 12h30 Grupos de trabalho: acervos bibliográficos, coleções científicas, acervos museológicos, acervos de laboratórios de pesquisa, acervos arquivísticos e outros. 12h30 – 14h Intervalo 14h – 15h30 Apresentação dos debates dos grupos de trabalho 15h30 – 16h30 Discussão final e encaminhamentos 16h30 Café de encerramento
Dia 19/4/2023 9h Abertura: Grupo de Trabalho Acervos da USP: ações e desafios Flávia Brito (CPC-USP), Alexandre Saes (BBM), Juliana Saft (Rede de Conservação Preventiva da USP) e Carla Gibertoni Carneiro (Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos / MAE) 10h – 10h15 Intervalo para café 10h30 – 12h30 Mesa-redonda: Museus, acervos e bibliotecas na perspectiva de futuro Prof. Dr. Paulo César Garcez Marins (Museu Paulista), Profa. Dra. Ana Maria Camargo (FFLCH ) e Maurício Candido da Silva (Museu de Anatomia Veterinária) 12h30 – 14h Intervalo para almoço 14h – 16h Mesa-redonda: Redes, coleções e desafios de preservação Prof. Dr. André Motta (Museu Histórico da Faculdade de Medicina), Prof. Dr. Eduardo Góes Neves (Museu de Arqueologia e Etnologia), Profa Dra Rosebelly Nunes Marques (ESALQ) 16h – 17h Mesa de encerramento: Desafios e perspectivas de trabalho Flávia Brito (CPC), Alexandre Saes (BBM), Juliana Saft (Rede de Conservação Preventiva da USP), Carla Gibertoni Carneiro Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos / MAE USP), Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior, Exmo. Reitor da USP, Profa. Dra. Maria Arminda Nascimento Arruda, Exma. Sra. Vice-Reitora da USP, Profa. Dra. Marli Quadros Leite, Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária, Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher, Pró-Reitor Adjunto de Cultura e Extensão Universitária 17h Café de encerramento
SEMINÁRIO INTERNO ACERVOS NA USP: desafios na gestão e na preservação
Dias 18 e 19 de abril de 2023, das 9h às 17h Local: Auditório Istvan Jancsó – Espaço Brasiliana. Rua da Biblioteca, 21 – Cidade Universitária – São Paulo
Contato: cpcpublic@usp.br
Comissão organizadora: Ina Hergert, Flávia Urzua, Cibele Monteiro da Silva, Juliana Saft, Maurício Candido da Silva, Ana Vasques, Viviane Jono, Carla Gibertoni Carneiro, Lisely Salles de Carvalho Pinto , Flávia Brito do Nascimento, Alexandre Machione Saes, Miriam Della Posta de Azevedo
Realização: Grupo de Trabalho Acervos da USP, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, Centro de Preservação Cultural/Casa de Dona Yayá, Biblioteca Brasiliana Mindlin, Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos e Rede de Conservação Preventiva da USP.
O Centro de Preservação Cultural da USP anuncia o lançamento do primeiro “Imagens em Patrimônio”, Concurso de Fotografias do Patrimônio Cultural da USP. Trata-se de um projeto de cultura e extensão do CPC oferecido ao público geral que vai selecionar os melhores registros fotográficos do patrimônio universitário da USP. Poderá participar qualquer pessoa com mais de 18 anos, com ou sem vínculo com a Universidade.
CONCURSO DE FOTOGRAFIAS DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA USP
A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, por meio do Centro de Preservação Cultural/Casa de Dona Yayá, órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, situado à Rua Major Diogo, 353, Bela Vista, São Paulo/SP, torna público que se encontra aberto CONCURSO visando à seleção de fotografias sobre o patrimônio cultural da Universidade de São Paulo.
1 Sobre o concurso: tema e conteúdo
O Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária que, dentre as suas atribuições, visa à promoção do patrimônio cultural da Universidade. Este edital trata do I Concurso de Fotografias do Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo, com vistas a fomentar a salvaguarda, o conhecimento, o pertencimento, a divulgação e a reflexão crítica sobre o patrimônio cultural universitário, entendido na sua diversidade e amplitude de acordo com as definições da Carta Patrimonial da USP, elaborada por este órgão: “os bens culturais universitários incluem, mas não se limitam, às manifestações e referências culturais ligadas às práticas de ensino, pesquisa, extensão e à vida universitária, promovidas por estudantes, professores e funcionários da Universidade, bem como pela sociedade à ela externa, como festas, lugares, paisagens e celebrações; rotinas, práticas, modos de fazer, de criar e tradições acadêmicas; acervos de natureza arquivística, museológica e bibliográfica em suportes analógicos e digitais; espaços, sítios e conjuntos arquitetônicos e urbanísticos; lugares de memória e de consciência e paisagens; criações científicas, artísticas e tecnológicas.”
2 Informações gerais e exigências
A primeira edição do Concurso de Fotografias do Patrimônio da USP tem por objetivo a promoção do debate e da reflexão sobre as múltiplas formas do patrimônio universitário, buscando a ampliação de sua compreensão e fomento à reflexão crítica a partir de registros fotográficos. As fotografias comporão o acervo do Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá, sendo divulgadas oportunamente em exposições, publicações e redes sociais. Para fins de participação no I Concurso de Fotografias do Patrimônio da USP este edital prevê o registro fotográfico autoral dos espaços compreendidos nos diversos campi da Universidade de São Paulo, cabendo ao interessado solicitar autorização, quando necessária, para realização de fotografias em espaços internos dos edifícios da Universidade. Serão aceitos registros fotográficos nas modalidades: a) Individual (uma fotografia) ; b) Ensaio (conjunto de duas a três fotografias) e que se enquadrem nas seguintes categorias: 1) Celebrações; 2) Formas de expressão; 3) Lugares; 4) Objetos e edifícios; 5) Saberes.
Aspirando a ampla participação da sociedade, ficam aqui dispostos os critérios para a inscrição no concurso:
Ser maior de 18 anos até o momento de inscrição no concurso.
Fica vedada a participação no concurso de trabalhos apresentados por dirigentes ou pessoas vinculadas ao Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá.
O candidato se responsabiliza inteiramente pelos direitos dos bens e/ou pessoas retratadas, devendo coletar as autorizações de direito autoral e de imagem de terceiros necessárias.
3 Inscrição e participação
A inscrição no concurso é gratuita e se dará por via exclusivamente eletrônica mediante preenchimento do formulário eletrônico a ser divulgado pelo Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá e disponibilizado no site do órgão, em: cpc.webhostusp.sti.usp.br.
É obrigatório o preenchimento completo do formulário de inscrição, bem como do termo de cessão dos direitos autorais sobre as obras fotográficas, ambos anexos do presente edital, sendo considerada inválida a inscrição que não cumprir com esses requisitos. Arquivos corrompidos ou fora dos parâmetros discriminados serão desconsiderados.
Cada candidato pode participar do concurso submetendo 1 (uma) fotografia ou 1 (um) ensaio fotográfico em uma das 5 (cinco) categorias (Celebrações, Formas de expressão, Lugares, Objetos e edifícios, Saberes). A inscrição é limitada a 1 (uma) fotografia individual ou 1 (um) ensaio fotográfico por candidato em uma das 5 (cinco) categorias. Fica vetada a hipótese de submissão de uma fotografia e um ensaio por um mesmo candidato, ou a submissão de uma fotografia ou um ensaio fotográfico em mais de uma categoria. Será desclassificado o candidato que enviar um quantitativo de fotos excedente ao estipulado neste item ou que enviar fotos que contenham identificação ou que não estejam de acordo com as especificações técnicas.
Os arquivos de imagem devem estar unicamente no formato .jpeg, com no mínimo 1920 pixels na maior dimensão, de no mínimo 300 dpi, e cada fotografia deve ser acompanhada de título e breve descrição de seu contexto, em texto com até 300 (trezentos) caracteres com espaço.
4 Premiação
Cada uma das 5 (cinco) categorias contemplará uma fotografia ou um ensaio como vencedor. A cada vencedor será entregue um vale-compra da Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP) no valor de R$ 500,00.
Poderão também ser selecionadas até 4 (quatro) outras fotografias ou ensaios considerados como menção honrosa, contudo sem atribuição de prêmio material. Dessa maneira, o concurso se propõe a selecionar 5 (cinco) fotógrafos em cada uma das 5 (cinco) categorias, totalizando 25 distinções e 5 vencedores. As fotos comporão o acervo do Centro de Preservação Cultural da USP, podendo ser divulgados em publicações e exposições futuras.
5 Critérios de avaliação e seleção
Os critérios usados para seleção das imagens deverão considerar: a) Adequação ao tema do concurso (patrimônio cultural universitário); b) Criatividade; c) Composição; d) Qualidade técnica.
6 Direito de uso de imagem
Ao se inscreverem para este concurso, os participantes cedem e transferem para a Universidade de São Paulo, sem quaisquer ônus, e em caráter definitivo, pleno e irrevogável, todos os direitos autorais sobre as obras fotográficas apresentadas, para qualquer tipo de utilização, publicação, reprodução por qualquer meio ou técnica, seja no Brasil ou no exterior, em conformidade com o termo anexo à ficha de inscrição.
7 Cronograma
Divulgação do edital: 22 de março de 2023
Inscrições : 1 de abril a 1 de junho de 2023
Divulgação dos resultados: 10 de julho de 2023
Fica resguardado o direito de alteração do cronograma por qualquer motivo, devendo ser ser divulgada, se assim acontecer, nas redes sociais do Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá.
ANEXO
ANEXO A – TERMO DE CESSÃO DO DIREITO DE USO E IMAGEM
Eu, Nome Completo, Nacionalidade, Estado Civil, Profissão, inscrito no RG nº XX.XXX.XXX-X, e CPF XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado(a) no(a) Endereço Completo, neste ato denominado CEDENTE, venho, pelo presente instrumento, CEDER, com fulcro na Lei n° 9.610/98, à UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, autarquia estadual de regime especial, por meio da PRÓ-REITORIA DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA – PRCEU, CNPJ n° XXXXXXXXX, localizada no endereço Rua da Reitoria, 374 – 3º andar – Butantã, São Paulo – SP, 05508-220, doravante denominada CESSIONÁRIA, todos os direitos autorais sobre as obras fotográficas por mim produzidas e submetidas ao I Concurso de Fotografias do Patrimônio da USP, promovido pelo Centro de Preservação do Patrimônio da USP o direito de uso e reprodução das imagens por mim produzidas e classificadas pelo Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo, conforme condições estabelecidas a seguir:
O CEDENTE se responsabiliza por qualquer violação a direitos autorais e de personalidade de terceiros relativos à(s) fotografias apresentadas.
A presente autorização é concedida a título gratuito, por tempo indeterminado e em caráter irrevogável, para uso não exclusivo em todo e qualquer material, impresso, digital no território nacional e no exterior, para fins institucionais e de divulgação do Patrimônio Cultural brasileiro.
O CESSIONÁRIO se compromete a citar os créditos do fotógrafo, quando da utilização de suas obras.
O CEDENTE, pelo presente termo e sob as penas da lei, declara e reconhece ser o único titular dos direitos morais e patrimoniais de autor das imagens por ele remetidas.
Para maior clareza, dato e firmo o presente. De acordo,
“Como sujeito, toda pessoa tem o direito de definir sua própria realidade, estabelecer sua própria identidade, dar nome a sua própria história” Bell Hooks
O audiovisual estabelece ao longo do século XX uma forma hegemônica de comunicação de massas que se desdobra, em nossa contemporaneidade, pelas redes sociais do mundo digital. Sem nos darmos conta possuímos um certo grau de alfabetização em relação à linguagem audiovisual, que no entanto foi desenvolvida através de décadas de experimentos e produção. Apropriar-se desta linguagem é, a um só tempo, um investimento em nossa autonomia produtiva e uma necessidade para nossa capacidade de análise de discursos em tempos de comunicações tão perigosas. Por outro lado o curso busca trabalhar com seus participantes a valorização das trajetórias pessoais e de suas famílias, buscando um entendimento de como a história dos lugares também são constituídas por nossa presença e participação.
Objetivos
Perceber o quanto nossas trajetórias familiares se relacionam com períodos históricos e fenômenos sociais importantes, fazendo parte da memória da cidade e do país, e assim, participando em diversos sentidos de nosso patrimônio material e imaterial. Sensibilizar o público para o entendimento do audiovisual como linguagem, com suas especificidades e potencialidades. Desenvolver roteiros de curtas-metragens ao longo dos encontros. Oferecer atividade gratuita de compartilhamento de conhecimentos e experiências, mediante inscrição e com certificação de conclusão.
Programa
Percepção da construção da identidade individual e social; Primórdios do cinema: a imagem como revelação do mundo; Representações construídas pelo outro e por si mesmo; O específico cinematográfico – montagem; O desenvolvimento da linguagem; Articulações, semiótica e síntese; Entendimento dos filmes como discursos; As especificidades do texto do roteiro; As etapas de elaboração: argumento, escaleta e roteiro; Restrições criativas para elaboração de sistemas narrativos; Elaboração de argumentos; Os diversos tratamentos em escaleta; A escrita do roteiro.
Metodologias de ensino-aprendizagem Cada encontro será dividido em dois momentos de cerca de 1:30h cada. Em uma primeira etapa do encontro será sempre dedicada à linguagem: primeiro refletiremos sobre a história do cinema, a formação invisível pela qual passamos para decodificá-lo como uma linguagem, suas articulações e potencialidades; depois esta etapa também servirá para entendermos como certas estruturas narrativas, a princípio entendidas como restrições, podem criar condições para a criatividade se desenvolver através de narrativas originais; este momento do encontro igualmente servirá para o entendimento de uma progressão comumente adotada no processo da escrita do roteiro, a divisão em argumento, escaleta e os diversos tratamentos do roteiro com suas especificidades. Na segunda etapa de cada encontro teremos uma conversa sobre as trajetórias dos participantes do curso. A partir do entendimento da importância da construção da identidade individual e social, manteremos um diálogo aberto sobre suas histórias de vida e a de seus familiares, procurando relacioná-las com momentos históricos, fluxos migratórios, contextos políticos, quebras ou continuidades culturais e outros aspectos que tornam nossa existência significativa dentro de uma percepção da história e do local onde vivemos. Este diálogo terá grande contribuição de todos os participantes, que trarão, através de suas formações específicas, entendimentos diversos sobre os relatos. Ao longo do curso esta etapa do encontro passará a se voltar para o debate sobre os roteiros, que serão desenvolvidos a partir de três argumentos selecionados por todos os participantes, mantendo a autoria do proponente mas com a colaboração coletiva dos demais participantes do curso.
Critérios de avaliação e aprovação A assiduidade e contribuição nos debates e no desenvolvimento dos roteiros serão avaliados e servirão como critério para aprovação.
Bibliografia BERNARDET, Jean-Claude. Brasil em tempo de cinema : ensaio sobre o cinema brasileiro de 1958 a 1966. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Brasiliense, 1985. BONITZER, Pascal; CARRIÈRE, Jean-Calude. Prática do roteiro cinematografico. São Paulo: JSN, 1996. CARRIÈRE, Jean-Claude. A linguagem secreta do cinema. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. CHION, Michel. O roteiro de cinema. São Paulo: Martins Fontes, 1989. HALBWACHS, Maurice: a memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006. POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992. POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n.3, 1989. XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
Curso de Difusão Um primeiro roteiro audiovisual: memórias de vida / histórias da família
Maio e junho de 2023, às quartas-feiras, Datas: 3/5, 10/5, 17/5, 24/5, 31/5, 7/6 Horário: 18h às 21h Duração: 18 horas (6 encontros presenciais de 3 horas cada) 30 vagas
Público alvo: estudantes, moradores do bairro Bela Vista, funcionários da USP e pesquisadores, de 16 a 80 anos, com qualquer escolaridade.
Ministrante: Eduardo Kishimoto Formado em Cinema e Vídeo pela ECA-USP (1999). Roteirizou, dirigiu e montou os telefilmes “Exilados” (média-metragem, ficção, 52 min., 4k, 2014, produtora Doc e Outras Coisas, Edital de Telefilmes da TV Cultura e Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo), “Noites com Lua” (média documental, 54 min., Mini-dv/Betacam, 2004, TV USP), “A Separação” (média documental, 40 min., Betacam, 2001, TV USP); as séries para tv “Axogun” (série ficcional de 5 episódios de 26 minutos cada, 4k, 2016, produtora Aurora Filmes, Edital Prodav 11/2014 do Fundo Setorial do Audiovisual) e “Sobre a Congada de Ilhabela” (7 documentários, 26 min. cada, DVCam, TV USP, 2004-2010); os curtas “Memórias Externas de uma Mulher Serrilhada” (curta, ficção, 15min., 35mm dolby digital, Bola Oito Produções, Edital de curtas do Programa Fomento ao Cinema Paulista 2011), “O Cozinheiro Negro” (curta-criança, ficção, 15 min., HDCam, MINC/SAV/TVBrasil 2010), “As Verdades Temporárias” (curta de ficção, 15 min., 35mm dolby digital, 2010, Cinegrama Filmes), “A Psicose de Valter” (curta experimental, 15 min., 35mm dolby digital, 2007, Programa Petrobrás Cultural 2006). Dirigiu “Terminal Pirituba” (média documental, 26 min., HDV, Projeto História dos Bairros da Prefeitura Municipal de São Paulo 2006). Como montador, participou, entre outros, de: “O Galante Rei da Boca” (média documental, de Luís Rocha e Alessandro Gamo, Mini-dv/Betacam, 2004, CPC-UMES), “Cemitério São Luiz” (curta documental, de Ana Paul, DVCam, 2004, Programa Petrobrás Digital), “GOD.O.TV” (curta ficcional, de Carlos Dowling, 16mm, 2002, Projeto Sal Grosso I), “O Catedrático do Samba” (curta documental, de Alessandro Gamo e Noel Carvalho, 16mm, 2001, UNICAMP/CPC-UMES), “Sem Saída” (curta ficcional, de Joana Mariz, 16mm, 1998, ECA-USP). Recebeu os prêmios de: melhor curta-metragem pelo Júri Oficial da Mostra Brasil da 12o Goiânia Mostra Curtas; melhor montagem da Mostra Competitiva Nacional pelo Júri Oficial do 19o Festival de Vitória – Vitória Cine Vídeo; melhor direção e melhor atriz principal (Georgina de Castro) no VIII Festival Latino-Americano de Cinema Curta Metragem de Canoa Quebrada; melhor trilha sonora (Michelle Agnes) pelo Júri Oficial do 6o Festival Cine Música de Conservatória, RJ (todos estes por “Memórias Externas de uma Mulher Serrilhada”); Melhor Curta Infantil no 3o FAMINAS por “O Cozinheiro Negro”; Melhor Curta no I IGUACINE, Melhor Montagem no Janela Internacional de Cinema (PE), 3o Lugar no Curta Votorantim, Menção Honrosa no 7o Santa Maria Cine e Vídeo (por “A Psicose de Valter”); Melhor Som Direto no 7o Festival de Cinema de Maringá (por “As Verdades Temporárias”); Melhor Montagem no Festival de Cinema Universitário 2001 (por “O Catedrático do Samba”). Foi organizador e curador de três mostras de cinema em São Paulo: “Semana do Curta Brasileiro” (Anfiteatro da Fac. de História FFLCH-USP, 1996), “Fotógrafos do Cinema Brasileiro: Mário Carneiro” (Cinusp Paulo Emílio USP, 1999) e “História do Cinema Paulista” (Centro Cultural São Paulo, 1999). Ministrou quatro cursos de audiovisual: “Produção de documentário em Vídeo Digital” e “Produção em vídeo digital II” (ambos pelo Projeto Cinema e Vídeo Brasileiro nas Escolas, de 2003-2004, Ação Educativa), “Edição pelo Software Final Cut Pro” (LEI/FFLCH USP – Laboratório de Estudos sobre a Intolerância, em 2007) e “Oficina de formatação de projetos” (Diversitas/FFLCH USP – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos, 2016). Foi coordenador técnico responsável pela pesquisa e determinação dos equipamentos de câmera, som e edição adquiridos para o curso recém-criado de Cinema na UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia”, 2008, e para o Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (LEI-USP), 2006. Trabalhou na TV USP, produzindo e dirigindo documentários e o programa televisivo mensal “Traquitana”, que exibia curtas e médias (de 2004 a 2014) e designado como Diretor Técnico do Serviço de Produção de Vídeos e Documentários (2001 a 2008).
Serviço
Local de realização: Casa de Dona Yayá Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista, São Paulo – SP cep 01324-001 Número de vagas: 30