programação mensal

DOMINGO NA YAYÁ
7/1, domingo, 10h às 13h
Exposição Yayá: cotidiano, feminismo, doença, riqueza
Conheça a Casa de Dona Yayá, lugar de memória e patrimônio cultural de São Paulo, e a história de vida de Sebastiana de Mello Freire.

DOMINGO NA YAYÁ
14/1, domingo, 11h às 12h
Movimento e saúde mental: hatha yoga Aula aberta para iniciantes e praticantes de todas as idades, sem necessidade de
inscrição. Instrutora: Bruna Gabriela Elias.

DOMINGO NA YAYÁ
21/1, domingo
11h às 12h Visita mediada: conheça a Casa de Dona Yayá com nossos monitores.
11h às 13h Oficina infantil: confecção de cadernos de memórias com colagem e pintura sobre a história de Dona Yayá.

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP
24/1, quarta-feira, 14h
Campus São Carlos
Roteiro de visita por locais representativos do Campus da USP na cidade de São
Carlos, que teve início em 1948, com a criação da Escola de Engenharia (EESC).
Inscrições antecipadas

DOMINGO NA YAYÁ
28/11, domingo, 11h às 15h
Oficina de férias: a pré-história ao alcance de todos
Oficina lúdica e educativa para confecção de réplicas de animais pré-históricos do
Brasil e do mundo, de diferentes idades geológicas. Para crianças acima de 7 anos e
adultos. Inscrições no local. Com o prof. Luiz Eduardo Anelli (IGc USP).

CURSO
30/1, 6, 20 e 27/2, terças-feiras, 9h às 12h
Análise de riscos aplicado ao edifício Casa de Dona Yayá
Introdução ao planejamento de ações para gestão de riscos e plano de emergência em
ambientes de bibliotecas, arquivos, museus ou unidades com acervos tendo como
estudo de caso a Casa de Dona Yayá. Com Juliana Saft (IFSP), Ina Hergert (MP USP) e Flávia Urzua (MP USP). Inscrições antecipadas.

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP
31/1, quarta-feira, 9h
Campus Butantã
Roteiro de visita por locais representativos da Cidade Universitária Armando Salles de
Oliveira que contam parte da história da USP e da vida universitária. Inscrições antecipadas.

OFICINA
31/1, 1, 7 e 8/2, quartas e quintas-feiras, 14h às 18h
Encadernação artesanal: livro objeto
Confecção de livro-objeto a partir de impressões, experiências e memórias dos
participantes. Com Claudia Garcia (UnB) e Symony Jardim (UnB). Inscrições antecipadas.

programação mensal

Atividades presenciais gratuitas

12/9 a 9/10, terças-feiras, 14h-17h

OFICINA DE BORDADO Esta oficina parte da reflexão sobre essa arte manual na vida das mulheres para criar um espaço de convivência entre os participantes.  Inscrições até 4/9: https://forms.gle/wbQEWo7eauVubwH4A

19 e 20/9, terça e quarta-feira  

SEMINÁRIO  Lugares de memória LGBTQIAP+ Local: Museu do Ipiranga e Museu da Diversidade Sexual. Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeJunsQ8MSEMNBYoZyF2ZjbR2Re03bn_ZK-n9GHGod8c_qoQw/viewform

3/9  domingo, 11h-12h 

DOMINGO NA YAYÁ  Movimento e saúde mental: hatha yoga Aula aberta de práticas corporais, respiratórias e meditativas para o bem-estar físico e mental. Para iniciantes e praticantes de todas as idades. Instrutora: Bruna Gabriela Elias.

10/9  domingo, 10h-13h

DOMINGO NA YAYÁ Exposição Yayá: cotidiano, feminismo, doença, riqueza
Conheça a Casa de Dona Yayá, lugar de memória e patrimônio cultural de São Paulo e da história de vida de Sebastiana de Mello Freire.

12/9 terça-feira, 14h-17h                                                                                  

RODA DE CONVERSA Memória, bordado e a história de Dona Yayá Conhecer a história do bordado é conhecer a história das mulheres. Beatriz Barsoumian de Carvalho alinhava a história de Yayá, a relação entre saúde mental e as artes manuais, e, ainda, o bordado como uma forma de expressão e de sociabilização. Participação da educadora Carmen Ruiz (CPC-USP).

12/9 terça-feira, 18h-20h

CONVERSA COM PESQUISADORES Educação patrimonial na Casa Oscar Niemeyer Claudia Garcia, pesquisadora e professora da FAU-UnB, apresenta o projeto de educação patrimonial implementado na Casa Niemeyer, localizada em uma área residencial de Brasília. A casa foi projetada por Oscar Niemeyer como moradia para ele e sua família no período de fundação e construção da cidade.

16/9 sábado, 14h-17h30

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP Campus São Carlos
Roteiro de visita pela USP São Carlos, compreendendo o patrimônio universitário para além do campus, alcançando a própria cidade. Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSccvF6J3W1XOlFhl3DFiszzRTMmc5On8Rjtm1j5rgK8-z85fg/closedform

17/9 domingo, 11h-12h                                                                                                   

DOMINGO NA YAYÁ  Recital de Piano O pianista Sérgio Carvalho, professor e instrumentista da equipe artística do CoralUSP, interpreta peças de Josef Haydn e Robert Schumann.

24/9  domingo, 10h-13h

DOMINGO NA YAYÁ Brinquedos e brincadeiras
Crianças de todas as idades vão se divertir com brincadeiras de antigamente, como bolhas de sabão, cama de gato, bambolê, desenho e pintura com nossos educadores e monitores.

27/9 quarta-feira, 14h-17h30

ROTEIROS DO PATRIMÔNIO DA USP Campus Butantã e Centro São Paulo
Roteiro de visita por locais representativos da memória da USP na Cidade Universitária e no centro da cidade de São Paulo. Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSccvF6J3W1XOlFhl3DFiszzRTMmc5On8Rjtm1j5rgK8-z85fg/closedform

Oficina de bordado

Conhecer a história do bordado é conhecer a história das mulheres . A Oficina de bordado na Casa de Dona Yayá parte desta premissa, pensando nas relações complexas envolvidas entre o ato de bordar e o ideal de feminilidade ao longo da história. Muito da invisibilização dessa prática vem do próprio apagamento da mulher no ambiente doméstico e dos fazeres femininos, lidos sempre através de uma chave de submissão. Apesar disso, o bordado se mostra um local potente quando lido como espaço de criatividade, de trocas afetivas, transmissão de saberes e evocação de memória dentro do universo feminino. Papel que pode até mesmo ser visto como subversivo, seja pelo aprendizado informal do alfabeto nos bordados em ponto cruz, em uma época em que muitas mulheres não tinham acesso à educação, seja tendo o bordado como uma fonte de renda. Muitas vezes o bordado foi para a mulher também um espaço de libertação, um espaço de sociabilidade e de reunião com amigas e vizinhas do bairro. A relação do bordado com a Casa de Dona Yayá também se mostra interessante pela figura de Sebastiana de Melo Freire, que mesmo após a reclusão na casa da rua Major Diogo, ainda mantinha contato com as linhas através do frivolité, técnica para confecção de rendas.

Dessa forma, a Oficina de Bordado é uma proposta para despertar a reflexão sobre essa arte manual na vida das mulheres, criar um espaço de convivência entre os participantes de todos os gêneros e aproximação entre a Universidade e a comunidade. Através de agulhas e linhas, constrói-se muito mais do que desenhos, mas sim novas histórias, redes e memórias.

Bibliografia

PARKER, Rozsika. The Subversive Stitch: Embrodery and the Making of the femininity. Londres: IB
Taurus, 2010.
SOUZA, Juliana Padilha de. TRAMAS INVISÍVEIS: Bordado e a Memória do Feminino no Processo
Criativo. Mestrado em Artes. Universidade Federal do Pará. Belém: 2019.
RODRIGUES, Marly. A Casa de Dona Yayá. In: A Casa de Dona Yayá. Comissão de Patrimônio Cultural da
USP. São Paulo: Edusp, 1999.

Informações

Oficina de bordado

De 12 de setembro a 10 de outubro de 2023

Horário: terças feiras, das 14h às 17h

Ministrante Beatriz Barsoumian de Carvalho

Público-alvo
Homens e mulheres acima de 18 anos, que se interessem por bordado. Não é necessário
ter conhecimento prévio.

Programa
Dia 1 – 12/09 Memória, bordado e a história de Dona Yayá: roda de conversa aberta ao público em geral, com participação da equipe do Educativo do CPC-USP/Casa de Dona Yayá.
Dia 2 – 19/09 Apresentação dos materiais utilizados e dos riscos propostos e da bandeira de pontos.
Dia 3 – 26/09 Elaboração da bandeira de pontos e passagem do risco principal para o tecido.
Dia 4 – 03/10 Bordado do risco principal. Dia 5 – 10/10 Bordado do risco principal, técnicas de finalização e acabamento do bordado.

Materiais necessários
Os inscritos receberão um kit contendo: 1 bastidor + 8 meadas de linha de cores variadas + 2 agulhas + 3 recortes de algodão cru (30cm).

Local: CPC-USP/Casa de Dona Yayá

Endereço: Rua Major Diogo, 353, Bela Vista São Paulo -SP

20 vagas
Inscrições gratuitas presencialmente ou pelo Google Forms: https://forms.gle/wbQEWo7eauVubwH4A

Ciclo de debates: conhecendo o DOI-Codi/SP

O Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá e o Grupo de Trabalho Memorial DOI-Codi/SP promovem o ciclo de debates Conhecendo o DOI-Codi-SP, que vai reunir especialistas, pesquisadores, militantes dos direitos humanos e ex-presos políticos brasileiros para falar sobre o tema da repressão do Estado. DOI-Codi é a sigla pela qual ficou conhecido o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna, órgão de repressão subordinado ao Exército brasileiro que foi criado pelo governo para atuar durante a ditadura que se seguiu ao golpe militar de 1964. O objetivo do ciclo de debates é ampliar o conhecimento sobre o que foi esse órgão, sua atuação, seu impacto até os dias atuais e a importância das pesquisas sobre esse período da história recente do Brasil.

O evento é parte do projeto de investigação arqueológica que acontecerá de 2 a 14 de agosto nas antigas instalações do DOI-Codi, realizado pelo LAP/Unicamp, LEAH/Unifesp e DAA/UFMG, com financiamento do CNPQ e Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp. Além das pesquisas no local serão oferecidas oficinas de formação de professores, de alunos dos ensinos Fundamental e Médio.

Programação

2 de agosto de 2023 – quarta-feira, das 14h às 17h

Documentos de verdade e justiça

Mediação: Marian Joffily (UDESC), autora do livro No centro da engrenagem

Exibição do documentário O dia em que a justiça entrou no DOi-Codi (21 min.)

Convidados: Amelinha Teles, jornalista, ex-presa política; Camilo Tavares, cineasta; Flávio Bastos, advogado e representante do Núcleo Memória.

8 de agosto de 2023 – terça-feira, das 19h às 21h30

Aparato policial na lógica da tortura, ontem e hoje

Mediação: Deborah Neves, coordenadora do GT Memorial DOI-Codi/SP

Convidados: Valéria Oliveira, Mães de maio/CAAF; Célia Rocha Paes, arquiteta, ex-presa política; Marcelo Godoy, jornalista, autor do livro A casa da vovó (2015); Moacyr Oliveira, diretor de jornalismo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e assessor da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ex-preso político.

9 de agosto de 2023 – quarta-feira, das 14h às 17h

Novos olhares sobre a ditadura e o vivido no DOI-Codi

Mediadora: Sônia Fardim, historiadora

Convidados: Janice Theodoro, professora titular da USP, ex-presa política; Célia Rocha Paes, arquiteta, ex-presa política; Ana Paula Brito, museóloga e historiadora, coordenadora da Rede Brasileira de Pesquisadoxs de Sítios de Memória e Consciência (Rebrapesc).

Ciclo de debates: Conhecendo o DOI-Codi-SP

Dias 2, 8 e 9 de agosto de 2023

Inscrições gratuitas por meio de formulário eletrônico

Dia 2/8

https://forms.gle/c4uddsTRExXx99vV7

Dia 8/8

https://forms.gle/D7m63AyRG8VmCE5s7

Dia 9/8

https://forms.gle/TKBmg52633oK1HqY9

Local

CPC-USP/Casa de Dona Yayá

Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista – SP

Patrimônio cultural na atualidade: entre disputas e direitos

Este curso partiu da iniciativa de dois historiadores cujas pesquisas e ativismo tiveram como foco a problematização dos agentes e agências sociais envolvidos na proteção oficial de bens e manifestações culturais junto às políticas públicas de preservação em âmbito municipal, estadual e federal, a saber os conselhos de preservação dos municípios paulistas de São Bernardo do Campo e Jundiaí, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Compreendendo o patrimônio cultural na atualidade como um fenômeno complexo que envolve o poder público, saberes especializados e movimentos sociais, em nossas trajetórias observamos como as políticas para a sua salvaguarda podem ser (e são) apropriadas e reapropriadas por diversos setores da sociedade respondendo às mais diversas motivações: questões urbanas, ambientais, sociais, econômicas, políticas, corporativas, de segurança, memoriais, identitárias, públicas e até mesmo acadêmicas e científicas. Constatamos também o papel central de profissionais especialistas que, por meio de pareceres técnicos, redefinem constantemente as balizas metodológicas e conceituais que determinam a proteção efetiva (ou não) do patrimônio cultural.

Este curso de difusão busca uma reflexão sobre como os saberes acadêmicos podem ser apropriados pelos grupos sociais para a afirmação e defesa de direitos culturais, socioambientais e fundiários junto às políticas públicas. A proposta é realizar um encontro entre o saber acadêmico e a práxis social, dos saberes especializados resultantes de pesquisas científicas com os saberes práticos vivenciados pelos movimentos sociais motivados por fatores memoriais, identitários e éticos que configuram o campo do patrimônio cultural.

Justificativa

Historicamente, a Universidade de São Paulo atuou ativamente junto aos órgãos de preservação e agentes públicos para a definição de parâmetros e marcos conceituais e também de procedimentos institucionais para a atuação oficial dos órgãos de preservação, especialmente o CONDEPHAAT, como explica Marly Rodrigues (2000). A título de exemplo podemos citar os conceitos de patrimônio ambiental urbano (MENESES, 2006) e o caráter cultural do patrimônio natural (DELPHIM, 2017). O papel desempenhado por intelectuais como historiadores, arquitetos e antropólogos na definição de categorias conceituais, de metodologias e de procedimentos do patrimônio cultural também foi apontado e discutido por Márcia Chuva (2012) e Flávia Brito do Nascimento (2016).

Em resposta aos ventos da redemocratização, a Constituição de 1988 consolidou mecanismos participativos também nas políticas públicas de preservação, para que a população se apropriasse desses procedimentos para defender causas coletivas de diferentes domínios da vida cotidiana (HEINICH, 2009) como meio de afirmação e defesa de direitos culturais (CAMPOS, 2018) traduzidos em valores de natureza estética, cognitiva, afetiva, pragmática e ética (MENESES, 2012). A cidade de São Paulo, por exemplo, apresenta um menu bastante diversificado dessas causas sociais que se traduzem direta ou indiretamente na forma do patrimônio cultural, por exemplo, os movimentos pela criação do Parque Augusta, pela continuidade do funcionamento do Cine Belas Artes e, mais recentemente, em defesa do complexo esportivo do Ibirapuera e pela valorização da memória afro-brasileira nos bairros do Bixiga e da Liberdade.

Na medida em que nossas pesquisas buscaram pôr em questão as variáveis da complexa equação que Nathalie Heinich (2009) chama de “fábrica do patrimônio” – valores reivindicados, saberes especializados e procedimentos institucionalizados – nosso curso tem como objetivo refletir, junto aos participantes, em que medida o patrimônio cultural serviu, tem servido e pode servir como campo de afirmação de direitos sociais. Isso em vista propomos identificar valores culturais, discutir categorias de preservação e avaliar efeitos da proteção oficial do patrimônio cultural na contemporaneidade.

Parâmetros conceituais

Partimos aqui do pressuposto de que o patrimônio cultural é um fenômeno que, nas últimas décadas, se tornou sensível a qualquer experiência social. Se, em sua origem, esteve a serviço da construção de identidades nacionais para os Estados Modernos, hoje reflete diferentes maneiras por meio das quais as sociedades ocidentais estabelecem suas relações com o passado (POULOT, 2012). Se por um lado é resultado do trabalho de especialistas institucionalizado pelo Estado segundo critérios conceituais, jurídicos e administrativos (HEINICH, 2009), por outro também é fruto das paixões identitárias (LE GOFF, 1998) e das emoções patrimoniais (FABRE, 2013) que mobilizam diversos setores da sociedade pela sua preservação. Se é um discurso autorizado que valida uma série de bens e práticas sociais, por outro também serve como um instrumento de oposição e subversão política e cultural para a afirmação de identidades e defesa de direitos (SMITH, 2006). Não se perde de vista aqui que esses discursos têm implicações materiais sobre as “coisas” por meio das quais se dão as relações sociais (HARRISON, 2013).

No que diz respeito às disputas sobre o espaço urbano que se traduzir em termos patrimoniais, colocamos em perspectiva não só a Constituição de 1988 e todos os instrumentos participativos que ela reconheceu e instituiu como os conselhos de preservação e de cultura (PAIVA, 2017; CALABRE, 2010) e órgãos de planejamento urbano como também o Estatuto da Cidade (2001). Consideramos essas apropriações coletivas do espaço urbano sob a perspectiva do patrimônio ambiental urbano conforme definidas por Ulpiano de Meneses (2017) e Marly Rodrigues (TOURINHO; RODRIGUES, 2016).

No que diz respeito ao patrimônio natural, tomamos como referência os valores culturais da natureza apontados por Aziz Ab’saber, Simone Scifoni (2007) e Rafael Winter Ribeiro (2007) abordando também práticas de proteção dessa categoria de bem cultural como a aplicação do conceito de paisagem cultural e do instrumento da chancela pelo Iphan conforme os estudos de Danilo Pereira (2018), as ações do CONDEPHAAT em direção à proteção da paisagem analisadas por Felipe Crispim (2014) e as interfaces entre políticas patrimoniais e ambientais no licenciamento ambiental conforme discutidas por Claudia Leal e Luciano Silva (2016).

A questão ambiental vem também ao encontro do valor cultural atribuído a elas por comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras. Nesse sentido abordamos as relações entre as questões patrimoniais e fundiárias envolvendo povos indígenas e quilombolas na Constituição de 1988 conforme debatidas por Yussef Campos (2018) e dos territórios indígenas seus direitos constitucionais por Manuela Carneiro da Cunha (2018), bem como as narrativas de reconhecimento e valorização da memória indígena e afro-brasileira abordadas por Natália Louzada (2011) e David William Ribeiro (2021). Sobre a questão do patrimônio caiçara tomamos como parâmetro o trabalho de Simone Toji (2009), em especial o dossiê Patrimônio Cultural Imaterial e Desenvolvimento Sustentável, organizado pela antropóloga e publicado na Revista do CPF-SESC (TOJI, 2021)

Adotamos o conceito de patrimônios difíceis como definidos por Cristina Meneguello (2020), ou seja, bens e locais que remetem a experiências de dor, sofrimento e violência com fins de reparação histórica e reconhecimento de direitos. Nessa perspectiva tomamos como parâmetro os debates recentes sobre hospícios e sanatórios conforme proposto por Cristina Meneguello e Daniela Pistorello (2021), sobre a memória e da patrimonialização de lugares ligados à Ditadura Militar no Brasil como proposto por Deborah Neves (2014), a memória do trabalho conforme a discussão proposta por Marly Rodrigues (2012) e também a problematização da memória dos bandeirantes feita por Paulo Garcez Marins (2020) e que tem ganhado destaque no debate público recente em âmbito mundial.

Para discutir as tensões sobre as representações sociais nos acervos museológicos, propomos atualizar os debates acerca da Nova Museologia conforme proposto por Hugues de Varine (2013) a partir de casos contemporâneos como a ressignificação de acervos relacionados à cultura afro-brasileira conforme discutido por Pamela de Oliveira Pereira (2017) e Bianca Souza (2020), à cultura indígena, como o caso do MAE apresentado por Marília Xavier Cury (2021) e à memória da resistência contra a ditadura no Brasil, como chama a atenção Deborah Neves (2018).

Por fim para debater as possibilidades de participação social no campo das políticas públicas nos apoiamos nos trabalhos de Yussef Campos (2017) sobre o artigo 2016 da Constituição de 1988, de Ana Lucia Goelzer Meira (2008) sobre a experiência de Porto Alegre com o orçamento e plano diretor participativo, de Lia Calabre (2013) sobre os conselhos de cultura, de Sonia Rabello (2009) sobre o instrumento jurídico do tombamento, de Mário Telles sobre o instrumento do registro (2007) de Felipe Crispim (2014) sobre as políticas estaduais de preservação em São Paulo e de Marcelo de Paiva (2014, 2019) sobre as políticas municipais e federais de preservação e, finalmente o volume organizado por Yussef Campos, Raul Lanari e Inês Soares (2021) fazendo um balanço sobre as práticas de preservação do patrimônio imaterial no Brasil.

Objetivos
1. Abordar as questões sociais contemporâneas que têm transformado e redefinido o campo do patrimônio a partir de casos concretos e pesquisas atualizadas sobre essa temática
2. Discutir o alcance e os limites conceituais, administrativos, jurídicos e sociais das políticas de
preservação em nível municipal, federal e estadual.
3. Refletir sobre como o patrimônio cultural tem (ou não) servido como instrumento de defesa de valores e afirmação de direitos aos diversos grupos sociais que o reivindicam.
4. Divulgar referências bibliográficas e também marcos regulatórios sobre o patrimônio cultural com vistas ao empoderamento de setores e movimentos da sociedade civil interessados na preservação patrimonial.

Metodologia
Aulas expositivas dialogadas apresentando os principais temas atuais relacionados ao patrimônio em como parâmetros conceituais, administrativos, e sociais que o delineiam.
Debates em que as participantes e os participantes, se assim desejarem, contribuam com a reflexão sobre casos concretos a partir de suas próprias vivências e mobilizações.
Leitura crítica e debates de textos pré-selecionados.

Resultados esperados
Dar a conhecer os parâmetros conceituais, administrativos e sociais que definem os contornos do patrimônio cultural na atualidade, discutir sua aplicação prática a partir de casos concretos e possibilitar sua apropriação como instrumento conhecimento, de afirmação de valores culturais e de defesa de direitos sociais pelo público.

Público-alvo
Membros de movimentos sociais interessados na preservação patrimonial, estudantes e professores de ensino médio e superior, servidores públicos, e interessados em geral.

Eixos temáticos
Patrimônio ambiental urbano; patrimônio natural; patrimônio afro-brasileiro, indígena e caiçara; patrimônios difíceis; patrimônio museológico; direito à preservação

Programa
Aula 1 – A cidade que queremos: memórias e apagamentos no espaço urbano
Aula 2 – A natureza é patrimônio: a proteção cultural de bens naturais
Aula 3 – O passado é lição para refletir: patrimônio afro-brasileiro, indígena e caiçara
Aula 4 – Lembrar para não repetir: memórias difíceis, luto e reparação
Aula 5 – Coleções de memórias: acervos e representações em disputa
Aula 6 – Como se faz um patrimônio: políticas públicas de preservação e participação social

Referências
AB’SABER, Aziz. O tombamento da Serra do Mar no Estado de São Paulo. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 21, p. 07-20, 1986.
CALABRE, Lia . Conselhos de Cultura no Brasil: algumas questões. In: Albino Rubim; Taiane Fernandes; Iuri
Rubim. (Org.). Políticas culturais, democracia e conselhos de cultura. 1ed.Salvador: Edufba, 2010, v. 1, p. 305-324.
CAMPOS, Yussef Daibert Salomão de. Palanque e Patíbulo: o patrimônio cultural na Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988). SP: Annablume, 2018
CHUVA, Márcia. Por uma história da noção de patrimônio cultural no Brasil. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Nº34, p.147-065, Brasília-DF, 2012.
CRISPIM, Felipe Bueno. Entre a geografia e o patrimônio: estudo das ações de preservação das paisagens paulistas pelo CONDEPHAAT (1969-1989). Dissertação (mestrado em História), Guarulhos, UNIFESP, 2014.
CUNHA, Manuela Carneiro da; BARBOSA, Samuel (orgs.) Direitos dos povos indígenas em disputa. SP: Editora Unesp, 2018.
XAVIER CURY, M. . O Protagonismo Indígena e Museu: abordagens e metodologias. Museologia &
Interdisciplinaridade, [S. l.], v. 10, n. 19, p. 14–21, 2021.
DELPHIM, Carlos Fernando de Moura. Paisagem cultural e patrimônio natural: conceito e aplicabilidade. p.191-201. In: CASTRIOTA, Leonardo Barci; MONGELI, Mônica de Medeiros (coord). 1o Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto. Brasília-DF, Iphan; Belo Horizonte-MG, IEDS, 2017.
FABRE, Daniel. Le patrimoine porté par l’émotion. In: FABRE, Daniel (dir). Émotions patrimoniales. Paris: Éditions de la Maison des sciences de l’homme, 2013.
HARRISON, Rodney. Heritage: critical approaches. London: Routledge, 2013.
HEINICH, Nathalie. La fabrique du patrimoine: de la cathédrale à la petite cuillère. Paris: Éditions de la Maison des Sciences de l’homme, 2009.
LEAL, Claudia Feierabend Baeta; SILVA, Luciano de Souza e. A preservação do patrimônio cultural no contexto do licenciamento ambiental: possibilidades sociais e produção de (des)conhecimento sobre ambiente, cultura e patrimônio. Revista CPC, São Paulo, n.21, p. 08-35, jan./jul.2016.
LE GOFF, Jaques (dir). Patrimoine et passions identitaires : Entretiens du Patrimoine, Théâtre National de Chaillot, Paris, 6, 7 et 8 janvier 1997. Paris: Fayard, 1998.
LOUZADA, Natália do Carmo. Recriando Áfricas: subalternidade e identidade africana no candomblé de Ketu. Dissertação (mestrado em história), Goiânia, UFG, 2011.
MARINS, P. C. G.. Uma personagem por sua roupa: o gibão como representação do bandeirante paulista. Tempo, (Niterói Online) , v. 26, p. 404-429, 2020.
MEIRA, Ana Lúcia Goelzer. Gestão do Patrimônio Cultural Urbano de Porto Alegre no século XX. Forum Patrimônio, Belo Horizonte, v.2, n.1, janeiro/abril de 2008.
MENEGUELLO, Cristina. Patrimônios difíceis (sombrios). IN: CARVALHO, Aline de; MENEGUELLO, Cristina. Dicionário temático do patrimônio: debates contemporâneos. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 2020.
MENEGUELLO, Cristina; PISTORELLO, Daniela. Apresentação – Patrimônios difíceis e ensino de História: uma complexa interação. Revista de História Hoje, v. 10, p. 4-11, 2021.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de et al. A cidade como bem cultural: áreas envoltórias e outros dilemas, equívocos e alcance da preservação do patrimônio ambiental urbano. [Debate]. Patrimônio : atualizando o debate. São Paulo: IPHAN. . Acesso em: 13 out. 2022. , 2006.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas. In: SUTTI, Weber (coord). I Forum Nacional do Patrimônio Cultural: Sistema Nacional de Patrimônio Cultural: desafio, estratégias e experiências para uma nova gestão, Ouro Preto/MG, 2009. v.02. Brasília-DF: Iphan, p.127-135, 2012.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. Repovoar o patrimônio ambiental urbano. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Brasília-DF, 36, p. 39-52, 2017.
NEVES, Deborah Regina Leal. A persistência do passado: patrimônio e memoriais da ditadura em São Paulo e Buenos Aires. 2014. Dissertação (Mestrado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.
NEVES, Deborah Regina Leal. DOI-CODI II Exército: a experiência de preservação de um patrimônio sensível. Contenciosa , Año VI, nro. 8, 2018 – ISSN 2347-0011 Dossiê Ditadura Militar no Brasil.
PAIVA, Marcelo Cardoso de. Fabricando o patrimônio municipal: as ações de preservação do COMPAHC de São Bernardo do Campo. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo), USP, São Paulo, 2014. PAIVA, Marcelo Cardoso de. O Brasil segundo o IPHAN: a preservação do patrimônio cultural brasileiro durante a gestão de Gilberto Gil no MinC (2003-2008). 2019. Tese (Doutorado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
PAIVA, Marcelo Cardoso de. Políticas municipais de preservação: perspectivas de participação social na proteção do patrimônio cultural. Revista Memorare, Tubarão-SC, v.4, n.1, p. 93-119, jan./abr., p. 92-119, 2017.
PEREIRA, Danilo. Paisagem como patrimônio: entre potencialidades e desafios para a implementação da Chancela da Paisagem Cultural Brasileira. Dissertação (Mestrado Profissional em Patrimônio), Rio de Janeiro: Iphan, 2018.
PEREIRA, Pamela de Oliveira. Novos olhares sobre a coleção de objetos sagrados afrobrasileiros sob a guarda do museu da polícia: da repressão à repatriação. Dissertação (mestrado em memória social), UFRJ, Rio de Janeiro, 2017.
POULOT. Dominique. A razão patrimonial na Europa do século XVIII ao XXI. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n.34, Brasília, p.27-44, 2012.
NASCIMENTO, Flávia Brito do. Patrimônio Cultural e escrita da história: a hipótese do documento na prática do Iphan nos anos 1980. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 24, n. 3, p. 121-147, 1 dez. 2016.
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SCIFONI, Simone. A construção do patrimônio natural. São Paulo: Edições Labur, 2007.
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Ministrantes
Felipe Bueno Crispim: Licenciado em História pela Universidade Estadual Paulista UNESP Campus Assis e mestre em História pela Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP. Atuou como pesquisador e documentalista em projetos de identificação, inventário e preservação de acervos documentais e patrimônio cultural. Foi consultor da Diretoria de Patrimônio Artístico e Cultural de Jundiaí e parecerista da Revista Arqueologia Pública do Núcleo de Pesquisas e Estudos Ambientais, NEPAM UNICAMP. É autor do livro “Entre a Geografia e o Patrimônio: estudo das ações de preservação das paisagens paulistas pelo Condephaat (1968-1989), Fapesp/EdUFABC, 2016 e membro do Grupo de Trabalho em História Ambiental da Associação Nacional de História, Seção São Paulo, Anpuh SP. Atualmente é doutorando no Programa de Pós Graduação em História da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP.

Marcelo Cardoso de Paiva: bacharel e licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutor em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. Realizou estágio de pesquisa na University of Manchester, na Inglaterra, e na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, na França. Atua como professor, pesquisador e consultor nas áreas de história, ensino e patrimônio cultural. Foi assistente de curadoria no projeto Novo Museu do Ipiranga, foi professor de história da rede pública de ensino do estado de São Paulo e é autor do livro Águas, Trilhos e Manacás: as cores da memória, baseado em sua própria pesquisa de campo sobre a região do ABC Paulista.

Patrimônio cultural na atualidade: entre disputas e direitos

Período 2 de agosto a 6 de setembro de 2023, às quartas-feiras, das 18h30 às 21h

Local CPC-USP/Casa de Dona Yayá

Endereço Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista – São Paulo

ATIVIDADE PRESENCIAL

inscrições

Inscrições gratuitas no site  USP Digital Sistema Apolo, de 12 a 26 de julho de 2023. São oferecidas 30 vagas. Os selecionados serão comunicados exclusivamente via e-mail oportunamente e deverão confirmar sua participação.

Formulário em: https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterAtividade?cod_oferecimentoatv=114106

CURSO DE DIFUSÃO Turismo e patrimônio cultural de “quebradas” e resistências na cidade de São Paulo

A relação entre turismo, coletivos culturais e movimentos sociais tem chamado a atenção nos últimos anos, conquanto estudos sobre as conexões destes temas ainda sejam incipientes. Ações coletivas com pautas de moradia, educação, saúde, creche, cultura, lazer, contra a carestia já possuem extensa bibliografia. Este curso pretende discutir especificamente sobre coletivos que têm trabalhado em prol da memória, patrimônio cultural e referências culturais de seus territórios. Estes são os fios que nos levam a tentar entender por que e como muitos coletivos culturais têm acionado o turismo, para além de um instrumento de desenvolvimento local, como também por uma miríade de possibilidades em suas práticas, possibilitando reflexões teóricas e práticas tanto da área do turismo como também do patrimônio cultural. Veremos especialmente a experiência da Agencia de Turismo Queixadas no bairro de Perus e as atividades desenvolvidas pelo Grupo Ururay no bairro da Penha e na Zona Leste de São Paulo e as experiências nos territórios.

ministrante

Paulo Tácio Aires Ferreira: graduado em Turismo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (2006) com especialização em Formação de Professores pela mesma instituição (2012). Mestre pelo programa Mudança Social e Participação Política na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. É Agente Cultural na Secretaria de Cultura da Prefeitura de Santo André/SP, onde participou do Plano Diretor de Turismo do município e ações culturais relacionadas ao patrimônio cultural na Vila de Paranapiacaba. Atualmente trabalha na Gerência de Documentação e Preservação Cultural do Museu de Santo André, onde tem desenvolvido trabalhos com o educativo do museu. Experiência com questões e conflitos de patrimônio ambiental e cultural, protagonismo comunitário e gestão pública, ações e eventos culturais. Doutorando em Turismo pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo da Universidade de São Paulo. Nasceu e cresceu nas periferias da Zona Leste de São Paulo e é militante de movimentos culturais.

datas e horários
Quartas-feiras à tarde, entre 5 e 26 de julho de 2023, com duas aulas externas aos sábados, pela manhã

carga horária
20h

programa

5/7 aula 1, 14h18h Turismo, patrimônio cultural e coletivos culturais da cidade de São Paulo: aproximações do tema
12/7 aula 2, 14h-16h A experiência da Agência Queixadas, Perus/São Paulo
15/7 saída, 9h-13h Visita técnica ao bairro de Perus
19/7 aula 3, 14h- 16h A experiência do Grupo Ururay, Penha/ São Paulo
22/7 saída, 9h-13h Visita técnica ao bairro da Penha
26/7 aula 4, 14h-18h Discussão final, partilhas e fechamento com os coletivos

público-alvo
Estudantes de graduação e pós-graduação, trabalhadores do serviço público (planejamento de turismo, cultura e urbanismo), bem como interessados em ações com bens culturais de uma forma geral.

local
Casa de Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353, São Paulo, SP

atividade presencial gratuita

inscrições e seleção

Sâo oferecidas 40 vagas. Inscrições gratuitas no site  USP Digital Sistema Apolo, de 12 a 26 de junho de 2023. O preenchimento do formulário a ser enviado após a inscrição é obrigatório. A seleção dos candidatos será feita por ordem de inscrição, dando prioridade para pessoas negras, indígenas, LGBTQIAPN+ e gênero (mulheres e trans). Os selecionados serão comunicados exclusivamente via e-mail oportunamente e deverão confirmar sua participação.

Programação junho 2023

4/6 domingo, 11h às 12h

DOMINGO NA YAYÁ

Movimento e saúde mental: Hatha yoga

Aula aberta de práticas corporais, respiratórias e meditativas com base no Hatha Yoga para o bem-estar físico e mental. Para iniciantes e praticantes de todas as idades. Instrutora: Bruna Gabriela Elias.

11/6 – domingo, 11h às 13h

DOMINGO NA YAYÁ

Oficina de zine: cartas pessoais: recriações criativas

Zines são pequenas revistas produzidas e publicadas de forma independente. Nesta oficina os participantes irão produzir um zine coletivo com colagens e escrita criativa. Com Sabina Anzuategui, autora de Escrevi pra você hoje, destinado ao público jovem.

14/6 quarta-feira, 19h às 21h30

CONVERSA COM A AUTORA: AMELINHA TELES

Lançamento do livro Feminismos: Ações e Histórias de Mulheres (Alameda, 2023). Maria Amélia de Almeida Teles é militante política feminista, fundadora e presidenta honorária da União de Mulheres de São Paulo, co-coordenadora do Projeto Promotoras Legais Populares e integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

17/6 sábado, 10h às 12h 

OFICINA ESCRITA CRIATIVA: Escrever as origens

As mulheres de Tijucopapo (Marilene Felinto, Ubu, 2021), é o tema deste encontro no qual a escritora e mediadora Sabina Anzuategui propõe uma conversa sobre a obra e um exercício de escrita livre. Inscrições: casarocha259@gmail.com

18/6 domingo, 11h às 12h 

DOMINGO NA YAYÁ

Música de câmara: Quinteto Aquerela

Quinteto de sopro formado por músicos do Laboratório de Música de Câmara da Escola de Comunicação e Artes da USP. Com Brenda Carvalho – flauta, Guimel Alves – oboé, Rafael Esparrel – clarinete, Natália Kaiti – fagote, Winicius Wagnes – trompa. Coordenação: Alexandre Fontainha. Parceria CPC-USP/Lamuc-ECA.


25/6  domingo, 10h às 13h

DOMINGO NA YAYÁ
Arraial na Yayá

No mês das festas juninas, as crianças vão participar de brincadeiras típicas dessa tradição que acontece no Brasil todo.   

21 e 28/6 quartas-feiras, 19h às 21h30

SEMINÁRIO

Política urbana, normativas, incentivos: e a cidade, como fica?

Mesa 1: Cidade, ambiente e modos de vida. Local: Casa de Dona Yayá

Mesa 2: O público e o privado nas concessões do espaço urbano. Local: IAB-SP

28/6 quartas-feiras, 14h às 17h30

Roteiros do Patrimônio da USP

Os monitores do CPC-USP realizam dois roteiros de visitação por locais representativos do patrimônio cultural da Universidade: Roteiro 1: campus Butantã; Roteiro 2: centro de São Paulo. Inscrições: https://forms.gle/W17AuV73tqaVMxpXA

Roteiros do Patrimônio da USP

O projeto Roteiros do Patrimônio é um convite ao reconhecimento das memórias e histórias da Universidade por meio do seu diverso patrimônio cultural com o qual a comunidade acadêmica estabelece processos de construção de conhecimento, pertencimento e valor. São sugestões de percursos que foram traçados tendo como referência edifícios significativos dos campi da USP pelo seu valor histórico, arquitetônico ou afetivo. Os roteiros são destinados tanto à comunidade universitária quanto à comunidade externa. Fundada na década de 1930, a USP é uma das instituições de ensino e pesquisa mais importantes do Brasil e da América Latina, e faz parte da história de São Paulo.

Os Roteiros do Patrimônio da USP dão continuidade à série Guias CPC, que busca identificar e divulgar o rico patrimônio cultural da Universidade e suas referências culturais. Nesta primeira etapa do projeto foram elaborados três roteiros de visitação que apresentam a Cidade Universitária “Armando Salles de Oliveira”, as unidades espalhadas na região central da capital e o campus São Carlos, no interior do estado, em colaboração como Instituto de Arquitetura de Urbanismo. Para cada roteiro foi produzido um guia com o mapa do local, o trajeto sugerido, os pontos de parada e a apresentação dos pontos de parada.  Os guias serão complementados, ainda, por áudios disponíveis para acesso por meio de QRCode que trazem informações sobre os locais e reproduzem os sons dos ambientes da USP, ampliando a experiência sensorial dos roteiros. Os interessados poderão se inscrever gratuitamente para fazer os roteiros com o acompanhamento dos monitores do CPC-USP nos horários determinados.

Roteiros do Patrimônio da USP Campus Butantã

Dentro da vasta pluralidade da Cidade Universitária, propõe-se um percurso pela Cidade Universitária “Armando Salles de Oliveira” que, partindo do Centro de Práticas Esportivas, o CEPE, busca explorar alguns exemplos do patrimônio edificado e também natural, histórico e acadêmico do campus. Valorizando os usos e as vivências cotidianas, os lugares e edifícios, bem como as memórias, o trajeto propõe a apresentação e o convite à reflexão sobre os múltiplos significados do patrimônio cultural da Universidade de São Paulo.

Roteiros do Patrimônio da USP Centro da cidade de São Paulo

A Universidade de São Paulo guarda estreita relação com a região central da Capital. As instituições de ensino superior que deram origem à USP em 1934, à exceção da Escola Superior de Agricultura em Piracicaba, ficavam nessa região, como a Faculdade de Direito, a Faculdade de Medicina, a Escola Politécnica, a Faculdade de Farmácia e Odontologia, a Escola de Medicina Veterinária, o Instituto de Educação e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL). Entre os anos 1940, com o início do processo de construção do campus universitário no bairro do Butantã, até a década de 1970, algumas unidades foram tranferidas para o Campus. Permaneceram no Centro o chamado Quadrilátero da Saúde, a Faculdade de Direito, uma unidade da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design e órgãos de extensão e cultura.

Roteiros do Patrimônio da USP Campus São Carlos

Partindo do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), no centro da cidade de São Carlos, e com destino final a portaria principal do campus, na Avenida Trabalhador São Carlense, a caminhada pretende alcançar a compreensão do patrimônio universitário para além do campus e alcançando a própria cidade. O percurso sugerido é totalmente caminhável, com uma subida do CDCC até o campus e descida até a portaria principal. Um caminho alternativo, mais longo, passa pela avenida mais importante da cidade, a Avenida São Carlos, onde estão outros pontos de interesse, como a Catedral de São Carlos, o Jardim Público, a Praça Coronel Salles (Praça dos Pombos) e a Escola Álvaro Guião.

Datas para agendamento

28/06/2023 (quarta-feira), às 14h no CAMPUS USP BUTANTÃ

28/06/2023 (quarta-feira), às 14h pelos BENS DA USP NO CENTRO DE SÃO PAULO

12/07/2023 (quarta-feira), às 14h no CAMPUS USP SÃO CARLOS

26/07/2023 (quarta-feira), às 14h no CAMPUS USP BUTANTÃ

26/07/2023 (quarta-feira), às 14h pelos BENS DA USP NO CENTRO DE SÃO PAULO

16/08/2023 (quarta-feira), às 14h no CAMPUS USP SÃO CARLOS

30/08/2023 (quarta-feira), às 14h no CAMPUS USP BUTANTÃ

30/08/2023 (quarta-feira), às 14h pelos BENS DA USP NO CENTRO DE SÃO PAULO

Inscrições: https://forms.gle/W17AuV73tqaVMxpXA

Seminário interno Acervos na USP: desafios na gestão e na preservação

O evento “Acervos na USP: desafios na gestão e na preservação” tem por objetivo
reconhecer a diversidade e complexidade dos acervos da universidade e promover reflexões acerca da sua salvaguarda e difusão, propiciando a reunião de gestores e profissionais ligados ao tema. O evento tem como objetivo promover a construção de conhecimento sobre os acervos da USP, proporcionar amplo debate sobre os principais desafios de preservação e gestão, bem como ressaltar a sua importância para a Universidade. Pretende ser uma oportunidade de trabalho colaborativo e participativo, reunindo as redes de trabalho em prol do benefício de todos os acervos da Universidade.

A proposta partiu do “Grupo de Trabalho Acervos da USP e Conservação”, criado em janeiro de 2022 por iniciativa do Centro de Preservação Cultural/Casa de Dona Yayá, da Biblioteca Brasiliana Mindlin, da Rede de Conservação Preventiva da USP e da Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos com o propósito de promover encontros ao longo do ano de 2023 para fomentar iniciativas para a preservação e conservação de acervos da USP.

O evento ocorrerá em dois dias. No dia 18 estarão reunidos os grupos de trabalho temáticos com os profissionais que atuam com preservação de acervos da USP, previamente inscritos. No dia 19, com participação aberta, serão apresentadas mesas-redondas com pesquisadores e especialistas da Universidade para uma reflexão acerca da importância dos acervos universitários e caminhos para sua preservação.

PROGRAMA

Dia 18/4/2023
9h Abertura: Profa. Dra. Marli Quadros Leite, Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária e Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher, Pró-Reitor Adjunto de Cultura e Extensão Universitária
9h30 Café
10h – 12h30 Grupos de trabalho: acervos bibliográficos, coleções científicas, acervos
museológicos, acervos de laboratórios de pesquisa, acervos arquivísticos e outros.
12h30 – 14h Intervalo
14h – 15h30 Apresentação dos debates dos grupos de trabalho
15h30 – 16h30 Discussão final e encaminhamentos
16h30 Café de encerramento

Dia 19/4/2023
9h Abertura: Grupo de Trabalho Acervos da USP: ações e desafios
Flávia Brito (CPC-USP), Alexandre Saes (BBM), Juliana Saft (Rede de Conservação Preventiva da USP) e Carla Gibertoni Carneiro (Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos / MAE) 10h – 10h15 Intervalo para café 10h30 – 12h30 Mesa-redonda: Museus, acervos e bibliotecas na perspectiva de futuro
Prof. Dr. Paulo César Garcez Marins (Museu Paulista), Profa. Dra. Ana Maria Camargo (FFLCH ) e Maurício Candido da Silva (Museu de Anatomia Veterinária)
12h30 – 14h Intervalo para almoço
14h – 16h Mesa-redonda: Redes, coleções e desafios de preservação
Prof. Dr. André Motta (Museu Histórico da Faculdade de Medicina), Prof. Dr. Eduardo Góes Neves (Museu de Arqueologia e Etnologia), Profa Dra Rosebelly Nunes Marques (ESALQ)
16h – 17h Mesa de encerramento: Desafios e perspectivas de trabalho
Flávia Brito (CPC), Alexandre Saes (BBM), Juliana Saft (Rede de Conservação Preventiva da USP), Carla Gibertoni Carneiro Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos / MAE USP), Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior, Exmo. Reitor da USP, Profa. Dra. Maria Arminda Nascimento Arruda, Exma. Sra. Vice-Reitora da USP, Profa. Dra. Marli Quadros Leite, Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária, Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher, Pró-Reitor Adjunto de Cultura e Extensão Universitária 17h Café de encerramento

SEMINÁRIO INTERNO ACERVOS NA USP: desafios na gestão e na preservação

Dias 18 e 19 de abril de 2023, das 9h às 17h Local: Auditório Istvan Jancsó – Espaço Brasiliana. Rua da Biblioteca, 21 – Cidade Universitária – São Paulo

Contato: cpcpublic@usp.br

Comissão organizadora: Ina Hergert, Flávia Urzua, Cibele Monteiro da Silva, Juliana Saft, Maurício Candido da Silva, Ana Vasques, Viviane Jono, Carla Gibertoni Carneiro, Lisely Salles de Carvalho Pinto , Flávia Brito do Nascimento, Alexandre Machione Saes, Miriam Della Posta de Azevedo

Realização: Grupo de Trabalho Acervos da USP, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão,
Centro de Preservação Cultural/Casa de Dona Yayá, Biblioteca Brasiliana Mindlin, Rede
USP de Profissionais de Museus e Acervos e Rede de Conservação Preventiva da USP.

IMAGENS DO PATRIMÔNIO CONCURSO DE FOTOGRAFIAS DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA USP

O Centro de Preservação Cultural da USP anuncia o lançamento do primeiro “Imagens em Patrimônio”, Concurso de Fotografias do Patrimônio Cultural da USP. Trata-se de um projeto de cultura e extensão do CPC oferecido ao público geral que vai selecionar os melhores registros fotográficos do patrimônio universitário da USP. Poderá participar qualquer pessoa com mais de 18 anos, com ou sem vínculo com a Universidade.

Inscrições gratuitas 1 de abril a 1 de junho mediante formulário eletrônico:  https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScMvS7RRK-tYrBhhRwPgSQKxacQ9Zi_6baUp_jrzKAJFLYulA/viewform

EDITAL

CONCURSO DE FOTOGRAFIAS DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA USP

A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, por meio do Centro de Preservação Cultural/Casa de Dona Yayá, órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, situado à Rua Major Diogo, 353, Bela Vista, São Paulo/SP, torna público que se encontra aberto CONCURSO visando à seleção de fotografias sobre o patrimônio cultural da Universidade de São Paulo.

1      Sobre o concurso: tema e conteúdo

O Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária que, dentre as suas atribuições, visa à promoção do patrimônio cultural da Universidade. Este edital trata do I Concurso de Fotografias do Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo, com vistas a fomentar a salvaguarda, o conhecimento, o pertencimento, a divulgação e a reflexão crítica sobre o patrimônio cultural universitário, entendido na sua diversidade e amplitude de acordo com as definições da Carta Patrimonial da USP, elaborada por este órgão: “os bens culturais universitários incluem, mas não se limitam, às manifestações e referências culturais ligadas às práticas de ensino, pesquisa, extensão e à vida universitária, promovidas por estudantes, professores e funcionários da Universidade, bem como pela sociedade à ela externa, como festas, lugares, paisagens e celebrações; rotinas, práticas, modos de fazer, de criar e tradições acadêmicas; acervos de natureza arquivística, museológica e bibliográfica em suportes analógicos e digitais; espaços, sítios e conjuntos arquitetônicos e urbanísticos; lugares de memória e de consciência e paisagens; criações científicas, artísticas e tecnológicas.”

2      Informações gerais e exigências

A primeira edição do Concurso de Fotografias do Patrimônio da USP tem por     objetivo a promoção do debate e da reflexão sobre as múltiplas formas do patrimônio universitário, buscando a ampliação de sua compreensão e fomento à reflexão crítica a partir de registros fotográficos. As fotografias comporão o acervo do Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá, sendo divulgadas oportunamente em exposições, publicações e redes sociais. Para fins de participação no I Concurso de Fotografias do Patrimônio da USP este edital prevê o registro fotográfico autoral dos espaços compreendidos nos diversos campi da Universidade de São Paulo, cabendo ao interessado solicitar autorização, quando necessária, para realização de fotografias em espaços internos dos edifícios da Universidade. Serão aceitos registros fotográficos nas modalidades: a) Individual (uma fotografia) ; b) Ensaio (conjunto de duas a três fotografias) e que se enquadrem nas seguintes categorias: 1) Celebrações; 2) Formas de expressão; 3) Lugares; 4) Objetos e edifícios; 5) Saberes.

Aspirando a ampla participação da sociedade, ficam aqui dispostos os critérios para a inscrição no concurso:

  • Ser maior de 18 anos até o momento de inscrição no concurso.
  • Fica vedada a participação no concurso de trabalhos apresentados por dirigentes ou pessoas vinculadas ao Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá.
  • O candidato se responsabiliza inteiramente pelos direitos dos bens e/ou pessoas retratadas, devendo coletar as autorizações de direito autoral e de imagem de terceiros necessárias.

3      Inscrição e participação

A inscrição no concurso é gratuita e se dará por via exclusivamente eletrônica mediante preenchimento do formulário eletrônico a ser divulgado pelo Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá e disponibilizado no site do órgão, em: cpc.webhostusp.sti.usp.br.

É obrigatório o preenchimento completo do formulário de inscrição, bem como do termo de cessão dos direitos autorais sobre as obras fotográficas, ambos anexos do presente edital, sendo considerada inválida a inscrição que não cumprir com esses requisitos. Arquivos corrompidos ou fora dos parâmetros discriminados serão desconsiderados.

Cada candidato pode participar do concurso submetendo 1 (uma) fotografia ou 1 (um) ensaio fotográfico em uma das 5 (cinco) categorias (Celebrações, Formas de expressão, Lugares, Objetos e edifícios, Saberes). A inscrição é limitada a 1 (uma) fotografia individual ou 1 (um) ensaio fotográfico por candidato em uma das 5 (cinco) categorias. Fica vetada a hipótese de submissão de uma fotografia e um ensaio por um mesmo candidato, ou a submissão de uma fotografia ou um ensaio fotográfico em mais de uma categoria. Será desclassificado o candidato que enviar um quantitativo de fotos excedente ao estipulado neste item ou que enviar fotos que contenham identificação ou que não estejam de acordo com as especificações técnicas.

Os arquivos de imagem devem estar unicamente no formato .jpeg, com no mínimo 1920 pixels na maior dimensão, de no mínimo 300 dpi, e cada fotografia deve ser acompanhada de título e breve descrição de seu contexto, em texto com até 300 (trezentos) caracteres com espaço.

4      Premiação

Cada uma das 5 (cinco) categorias contemplará uma fotografia ou um ensaio como vencedor. A cada vencedor será entregue um vale-compra da Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP) no valor de R$ 500,00.

Poderão também ser selecionadas até 4 (quatro) outras fotografias ou ensaios considerados como menção honrosa, contudo sem atribuição de prêmio material. Dessa maneira, o concurso se propõe a selecionar 5 (cinco) fotógrafos em cada uma das 5 (cinco) categorias, totalizando 25 distinções e 5 vencedores. As fotos comporão o acervo do Centro de Preservação Cultural da  USP, podendo ser divulgados em publicações e exposições futuras.

5      Critérios de avaliação e seleção

Os critérios usados para seleção das imagens deverão considerar: a) Adequação ao tema do concurso (patrimônio cultural universitário); b) Criatividade; c) Composição; d) Qualidade técnica.

6      Direito de uso de imagem

Ao se inscreverem para este concurso, os participantes cedem e transferem para a Universidade de São Paulo, sem quaisquer ônus, e em caráter definitivo, pleno e irrevogável, todos os direitos autorais sobre as obras fotográficas apresentadas, para qualquer tipo de utilização, publicação, reprodução por qualquer meio ou técnica, seja no Brasil ou no exterior, em conformidade com o termo anexo à ficha de inscrição.

7      Cronograma

Divulgação do edital: 22 de março de 2023

Inscrições : 1 de abril a 1 de junho de 2023

Divulgação dos resultados: 10 de julho de 2023

Fica resguardado o direito de alteração do cronograma por qualquer motivo, devendo ser ser divulgada, se assim acontecer, nas redes sociais do Centro de Preservação Cultural da USP/Casa de Dona Yayá.

ANEXO

ANEXO A – TERMO DE CESSÃO DO DIREITO DE USO E IMAGEM

Eu, Nome Completo, Nacionalidade, Estado Civil, Profissão, inscrito no RG nº XX.XXX.XXX-X, e CPF XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado(a) no(a) Endereço Completo, neste ato denominado CEDENTE, venho, pelo presente instrumento, CEDER, com fulcro na Lei n° 9.610/98, à UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, autarquia estadual de regime especial, por meio da PRÓ-REITORIA DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA – PRCEU, CNPJ n° XXXXXXXXX, localizada no endereço Rua da Reitoria, 374 – 3º andar – Butantã, São Paulo – SP, 05508-220, doravante denominada CESSIONÁRIA, todos os direitos autorais sobre as obras fotográficas por mim produzidas e submetidas ao I Concurso de Fotografias do Patrimônio da USP, promovido pelo Centro de Preservação do Patrimônio da USP o direito de uso e reprodução das imagens por mim produzidas e classificadas pelo Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo, conforme condições estabelecidas a seguir:

O CEDENTE se responsabiliza por qualquer violação a direitos autorais e de personalidade de terceiros relativos à(s) fotografias apresentadas.

A presente autorização é concedida a título gratuito, por tempo indeterminado e em caráter irrevogável, para uso não exclusivo em todo e qualquer material, impresso, digital no território nacional e no exterior, para fins institucionais e de divulgação do Patrimônio Cultural brasileiro.

O CESSIONÁRIO se compromete a citar os créditos do fotógrafo, quando da utilização de suas obras.

O CEDENTE, pelo presente termo e sob as penas da lei, declara e reconhece ser o único titular dos direitos morais e patrimoniais de autor das imagens por ele remetidas.

Para maior clareza, dato e firmo o presente. De acordo,

Município, dia do mês de 2023

(nome e assinatura)

Resultado

É com enorme satisfação que anunciamos os/as cinco vencedores/as e os/as dezessete contemplados com menções honrosas do I Concurso de Fotografia do Patrimônio Cultural da USP “Imagens em Patrimônio”, realizado pelo CPC-USP/Casa de Dona Yayá.

Ganhadores do I Concurso de Fotografia do Patrimônio Cultural da USP “Imagens em Patrimônio”

(categorias)

1. Celebrações

1º Lugar: inscrição 611 – Giovanna Diniz Eduardo

Menção honrosa: inscrição 513 – Laura Hicaru Onuki

2. Formas de Expressão

1º Lugar: inscrição 618 – Felipe Augusto da Silva Souza

Menção honrosa: inscrição 836 – João Gonçalves Neto; inscrição 921 – Mariana Zancanelli Freire

3. Saberes

1º Lugar: inscrição 915 – Carolina Lixandrão

Menções honrosas: inscrição 843 – Dayane da Fonseca Barbosa; inscrição 918 – Guilherme Kenji Chinoque Ribeiro; inscrição 919 – Sérgio Sheiji Fukusima e inscrição 916 – Vicenzo Carlim de Sousa

4. Lugares

1º Lugar: inscrição 728 – Estela Hiilesmaa

Menções honrosas: inscrição 747 – Pedro Henrique Ferreira Lopes; inscrição 724 – Mariana Garrido Fernandes; inscrição 743 – Leonardo Ripoll e inscrição 817 – Georgia Riquelme Barriga Sharp

5. Objetos/Edificações

1º Lugar: inscrição 816 – Irene Seong Yun Kim

Menções honrosas: inscrição 826 – Cristiano Henrique Ferrari Prado; inscrição 829 Maximiliam Luppe; inscrição 835 – José Rosael da Silva e inscrição 849 – Mikaella Balis